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O que se sabe sobre a evacuação de estrangeiros do Líbano

Cerca de 210.000 refugiados palestinos vivem em campos e instalações irregulares no Líbano

Fumaça sobe durante um ataque aéreo israelense na vila de Khiam, no sul do LíbanoFumaça sobe durante um ataque aéreo israelense na vila de Khiam, no sul do Líbano - Foto: AFP

Espanha, Rússia, França e Grécia foram os últimos países a iniciar, nesta quinta-feira (3), a evacuação de seus cidadãos do Líbano, no contexto das operações organizadas desde o início das incursões terrestres de Israel.

Confira o que se sabe sobre as operações de evacuação em curso:

Espanha 
O ministro de Assuntos Exteriores, José Manuel Albares, disse à emissora TV3, nesta quinta-feira (3), que "cerca de 300 pessoas" serão evacuadas em dois aviões, embora "mais de 500 tenham expressado o desejo de sair".

A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, declarou à Telecinco que o governo vai avaliar se é necessário enviar um terceiro avião.

Fontes oficiais do Ministério de Assuntos Exteriores informaram que "a fase atual de evacuação foi concluída com o traslado para a Espanha de cerca de 200 espanhóis, 40 libaneses, além de cidadãos de Argentina, EUA, Itália, França, Reino Unido e Venezuela".

Rússia 
A Rússia evacuou 60 familiares e pessoas próximas de diplomatas em missão no Líbano, anunciou o Kremlin nesta quinta-feira. Um avião decolou de Beirute por ordem do presidente Vladimir Putin, informou o ministério de Emergências no Telegram.

França 
A França organizou dois voos geridos pela companhia Middle East Airlines para seus cidadãos, anunciou o ministério francês das Relações Exteriores.

As autoridades francesas reservaram 200 lugares para cidadãos doentes ou pessoas idosas ou isoladas. Estima-se que haja cerca de 24.000 cidadãos franceses no Líbano, principalmente pessoas com dupla nacionalidade.

A França planeja enviar na segunda-feira um barco anfíbio ao Mediterrâneo oriental, caso o governo francês decida por uma evacuação mais ampla, indicou à AFP um oficial de alto escalão.

Alemanha 
A Alemanha evacuou 241 pessoas a bordo de dois voos de sua força aérea na segunda e na quarta-feira, declarou o governo.

Entre os passageiros estão funcionários não essenciais da embaixada de Beirute, seus familiares, alguns cidadãos com problemas de saúde e membros de organizações alemãs.

A embaixada de Beirute continua em funcionamento para ajudar os cerca de 1.800 cidadãos alemães no Líbano "a sair do país por voos comerciais ou por outros meios", declarou o governo.

Países Baixos 
O governo holandês anunciou sua intenção de enviar um avião militar a Beirute para evacuar seus cidadãos.

Uma primeira evacuação está prevista para sexta-feira e outra para sábado. O ministério das Relações Exteriores declarou que cerca de 300 holandeses se inscreveram para ser evacuados.

Grécia 
A Grécia enviou nesta quinta-feira ao Chipre um avião militar C-130 para evacuar dezenas de cidadãos gregos e cipriotas. Outros dois estão em espera, declarou seu ministro da Defesa.

Cerca de 3.500 gregos vivem no Líbano, além de mil dependentes, segundo a cadeia de televisão pública ERT.

Moldávia 
O ministério moldavo de Relações Exteriores anunciou "a evacuação bem-sucedida" de 11 moldavos, em sua maioria crianças.

Reino Unido 
O Reino Unido fretou na quarta-feira um voo comercial para seus cidadãos saindo do aeroporto de Beirute e priorizando pessoas vulneráveis.

Na semana passada, Londres anunciou o envio de 700 soldados ao Chipre para se preparar para uma eventual evacuação de seus cidadãos do Líbano.

 Canadá 
O Canadá reservou 800 lugares em voos comerciais para evacuar seus cidadãos, que somam cerca de 45.000 (muitos deles com dupla nacionalidade) no país.

O Exército canadense estabeleceu recursos de emergência no Chipre, caso os voos comerciais sejam interrompidos.

Refugiados 
A agência da ONU para os Refugiados (Acnur) indicou na segunda-feira que cerca de 100.000 pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, fugiram para a Síria a partir do Líbano após os bombardeios aéreos israelenses. Aproximadamente 80% são sírios e 20% libaneses.

Cerca de 210.000 refugiados palestinos vivem em campos e instalações irregulares no Líbano, segundo o fundo da ONU para a infância, o Unicef.

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