Obesidade: medicamento Mounjaro já tem data para chegar ao Brasil; veja
O preço máximo ao consumidor é de R$ 3.627,82
O medicamento para diabetes Mounjaro, da farmacêutica Eli Lilly, que se mostrou, em estudos, mais poderoso que o Ozempic para a perda de peso, já tem data para lançamento no Brasil: dia 7 de junho, de acordo com a empresa.
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O Mounjaro tem como princípio ativo a tirzepatida, e faz parte da classe de medicamentos chamada de análogos de GLP-1, que têm vivido uma explosão de vendas ao redor do mundo pela eficácia inédita no tratamento da obesidade.
O preço máximo ao consumidor, que não é necessariamente o que será praticado, é de R$ 3.627,82, a caneta com 4 doses, suficientes para um mês de tratamento.
Por enquanto, os brasileiros não têm acesso ao remédio, a não ser via importação.
A Anvisa permite que o paciente importe no máximo o suficiente para um tratamento de seis meses, ou seja, seis caixas com 24 canetas no total, que saem entre R$ 40 mil a R$ 55 mil, considerando os custos para importar o produto.
O Mounjaro tem como princípio ativo a tirzepatida, e faz parte da classe de medicamentos chamada de análogos de GLP-1, que têm vivido uma explosão de vendas ao redor do mundo pela eficácia inédita no tratamento da obesidade.
A mais conhecida é a semaglutida, da Novo Nordisk, que é vendida com indicação para diabetes tipo 2 pelo nome de Ozempic e, numa dosagem maior, com o nome de Wegovy para obesidade.
Ambos são aprovados pela Anvisa no Brasil.
A tirzepatida possui o diferencial de ser um duplo agonista: além de simular o hormônio GLP-1, também atua nos receptores do GIP. A Eli Lilly lançou o princípio ativo com o nome de Mounjaro para diabetes , rivalizando com o Ozempic.
Rapidamente, o medicamento também começou a ser usado de forma off-label (finalidade diferente da bula) para o emagrecimento.
Nos Estados Unidos, ele já foi aprovado inclusive para o tratamento da obesidade, com o nome comercial de Zepbound. Aqui, a Anvisa analisa a indicação.
O Mounjaro simula a ação dos hormônios GLP-1 e GIP. Eles, por sua vez, são associados à ativação da sensação de saciedade no cérebro e à redução da velocidade da digestão da comida.
Com isso, o indivíduo sente menos fome, consome menos calorias e, consequentemente, perde peso.
No pâncreas, essa atuação também estimula a produção de insulina, motivo pelo qual os remédios são utilizados no tratamento da diabetes tipo 2.
Resultados promissores
Estudo realizado pela farmacêutica mostrou que a tirzepatida levou a uma redução 47% maior do número na balança do que os medicamentos que usam a semaglutida, como o Ozempic.
Os resultados detalhados do estudo mostraram ainda que 31,6% dos participantes do primeiro grupo, quase 1 em cada 3, conseguiram eliminar pelo menos 25% do peso.
O feito foi alcançado por 16,1% daqueles no grupo da semaglutida, menos de 1 em cada 5.
Em relação aos efeitos adversos, a Eli Lilly diz que são principalmente reações gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreias, porém na maioria dos casos de forma leve a moderada.