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Obras

Obra viária ainda não concluída no Cabo atrapalha funcionamento da UFRPE e IFPE, diz reitor

Via na PE-33 dificulta obras de construção do novo campus da UFRPE e impossibilita acesso ao prédio do IFPE

O trecho é considerado um elo principal de conexão entre a PE-60 e a BR-101O trecho é considerado um elo principal de conexão entre a PE-60 e a BR-101 - Foto: UFRPE

O atraso na conclusão das obras da rodovia PE-33, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, atinge os campi da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) no município. O trecho, fundamental para as duas instituições, permanece sem conclusão desde março de 2018, quando foi paralisada quatro meses após o início de sua execução. 

Por conta do problema, a Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho (UACSA) da UFRPE precisou suspender as obras responsáveis pelo novo campus, que está com 65% das intervenções concluídas. Já o campus do IFPE está pronto para ser inaugurado, porém, com a ausência da rodovia, não há a possibilidade de acesso ao prédio. 

O trecho é considerado um elo principal de conexão entre a PE-60 e a BR-101. Sendo a PE-60 uma importante rota de acesso às praias do Litoral Sul do estado, enquanto a BR-101 é uma das principais rodovias federais que cortam a malha rodoviária de Pernambuco. A PE-33 tem 8,7 quilômetros de extensão e custo de R$ 32,7 milhões.

“Já era para a gente ter terminado a obra e acabar o aluguel, ou seja, já estamos atrasados porque hoje não temos condições de nenhuma empresa movimentar os seus equipamentos. A via hoje está toda esburacada quando chove, gerando atraso. Hoje já poderíamos ter finalizado a obra e estar no campus definitivo”, explica o reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Marcelo Carneiro Leão.

A obra do campus da UFRPE no Cabo de Santo Agostinho tem um custo total de R$ 250 milhões. Desse total, já foram investidos aproximadamente R$108 milhões. Sem a estrutura para funcionar, a UFRPE gasta cerca de R$ 200 mil por mês com o aluguel de um empresarial onde mais de três mil alunos estudam de forma improvisada nos cursos de engenharia mecânica, civil, eletrônica, eletrotécnica e de produção. Quando estiver em pleno funcionamento, a sede definitiva da UACSA poderá abrigar mais de 20 mil alunos.

“Tem impactado financeiramente, impactado nas condições de estudo dos próprios alunos, porque lá é o campus definitivo com biblioteca, restaurante universitário, que hoje a gente não tem, pois esse empresarial é uma coisa provisória. Então é um impacto grande em todas as questões acadêmicas”, complementa o reitor. 
 
Já no caso do IFPE, as obras no Instituto foram finalizadas. Mas sem a conclusão da rodovia, os estudantes não têm como chegar até o local. A instituição investiu R$ 35 milhões para atender 600 estudantes de ensino técnico e superior. Sem poder ter acesso à nova sede, os estudantes hoje ocupam parte das instalações da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas do Cabo de Santo Agostinho (Fachuca).

Procurado pela reportagem da Folha de Pernambuco, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), órgão responsável pela intervenção na rodovia estadual, disse em nota que “está atuando na captação de recursos para iniciar as obras de implantação e pavimentação da PE-33, no Cabo de Santo Agostinho, no trecho que dá acesso às universidades. O investimento previsto para essa intervenção é de R$ 11 milhões. A iniciativa está entre prioridades levadas pelo Governo de Pernambuco à bancada estadual, esta semana em Brasília, para liberação de emenda parlamentar. Esta obra teve início em novembro de 2017. Entretanto, os serviços foram paralisados em março de 2018", finalizou.

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