Obrigatoriedade do uso de máscara não é respeitada pelas ruas do Recife
No primeiro fim de semana após decreto estadual, reportagem flagrou pessoas sem máscara pela cidade
Mesmo sendo lei, a obrigatoriedade de usar máscara em espaços públicos não se reflete ainda no comportamento de todos. No primeiro fim de semana desde que o governador Paulo Câmara regulamentou a utilização da peça que protege as vias respiratórias do coronavírus e outros agentes infecciosos, a Folha de Pernambuco encontrou pessoas sem máscara nas ruas do Recife.
No entorno do Mercado de Afogados, Zona Oeste, ponto tradicional do comércio na Cidade, muita gente transitava sem a proteção ou utilizando o item de forma inadequada, no queixo ou pendurada na orelha. Dentro dos estabelecimentos, os comerciantes cumpriam a norma.
Na praia de Boa Viagem, a situação era ainda pior. A maioria, sem máscara, não respeitava a regra de distanciamento social, formando aglomerações. Também havia grupos que traziam coolers para a faixa de areia, o que é proibido.
As orlas do Pina e Brasília Teimosa estavam cheias como Boa Viagem. Do ponto em frente à entrada da avenida Antônio de Góes ao Buraco da Veia, banhistas de máscara na areia eram exceção. “Se você usa máscara, você está protegendo o outro. Se você está protegendo o outro, você está fazendo com que essa curva e a gente possa, de fato, ao normal. É uma grande distância entre a informação e a consciência”, lamenta Claudete Ribeiro, 55, que conversou com a Folha enquanto caminhava, de máscara, no calçadão.
A Polícia Militar de Pernambuco informou que a Secretaria de Defesa Social (SDS), em conjunto com o Centro Integrado de Comando e Controle Regional do Governo do Estado (CICCR), está buscando informações e a estatística hoje sobre o cumprimento da lei que determina o uso de máscara.