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Jacarezinho

Ocupação do Jacarezinho: comissão de moradores acompanha operação da polícia para evitar excessos

Policiais militares e civis estão na comunidade na Zona Norte do Rio desde a manhã desta quarta para implementar o projeto Cidade Integrada

Polícia do Rio durante ação no JacarezinhoPolícia do Rio durante ação no Jacarezinho - Foto: Mauro Pimentel/AFP

Uma comissão de 14 moradores do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, está acompanhando policiais durante parte da incursão na comunidade a fim de apurar possíveis excessos dos agentes durante a ocupação para o projeto Cidade Integrada. De acordo com relatos de moradores nas redes sociais, policiais teriam invadido algumas casas na favela.

Segundo Edgar Teixeira, integrante da Associação dos Moradores do Jacarezinho e que faz parte da comissão, não foram vistos abusos por parte dos agentes, mas os relatos de invasão chegaram até o grupo.

"Decidimos por acompanhar os policiais por proteção à comunidade. O Jacarezinho não precisa de mais operações e chacinas como a do ano passado. A associação recebeu algumas denúncias, e vamos apurar junto à comunidade as ocorrências de violência policial", disse.


Ainda de acordo com ele, a Defensoria Pública do Rio se colocou à disposição da associação dos moradores e enviou membros para acompanhar a ação policial.

"Recebemos um contato da Defensoria Pública do Estado que ficou de enviar pessoas para dar suporte para a gente e pretendemos também procurar o Ministério Público, pois essa é mais uma ação ilegal do estado", completou.

A Defensoria Pública confirmou a mobilização do órgão para o Jacarezinho. O ouvidor Guilherme Pimentel afirmou que, desde a tarde de terça-feira, o órgão tem recebido mensagens de moradores da comunidade.

"No final da tarde de terça-feira, começamos a receber uma série de mensagens de moradores do Jacarezinho preocupados com a movimentação policial. Desde então, estamos em contato com a associação dos moradores para acompanhar essa ação e com outras entidades de defesa dos direitos humanos da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para que façamos um esforço conjunto de fiscalização. Por último, avisamos ao Ministério Público para que tome providências a respeito do controle da atividade policial no Jacarezinho", declarou ele.

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