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Panamá

Odebrecht: Filho de ex-presidente do Panamá se declara culpado de lavagem de dinheiro

Luis Enrique Martinelli admite que participou de esquema de lavagem de dinheiro no caso da construtora brasileira

Sede da OdebrechtSede da Odebrecht - Foto: Reprodução

Luis Enrique Martinelli, filho do ex-presidente do Panamá Ricardo Martinelli, se declarou culpado perante um tribunal de Nova York por conspiração para lavagem de dinheiro por sua atuação no caso de corrupção da construtora brasileira Odebrecht, anunciou a promotoria nesta quinta-feira (2).

Na audiência, Luis Enrique Martinelli admitiu que conspirou com seu irmão Ricardo e outros para "abrir contas bancárias em paraísos fiscais em nome de empresas de fachada para receber e ocultar mais de US$ 28 milhões em propinas" da Odebrecht, revelou o tribunal em comunicado.

O objetivo principal era "beneficiar um parente próximo, um alto funcionário do Panamá".

Martinelli reconheceu que parte desses fundos foi usada para comprar um iate e imóveis nos Estados Unidos.

A sentença está marcada para 20 de maio de 2022.

A confissão de culpa diminuirá a pena do filho do ex-presidente panamenho.

Luis Enrique Martinelli, 39, foi extraditado para os Estados Unidos em 15 de novembro. Ele é acusado de receber recursos da Odebrecht junto com seu irmão Ricardo Alberto, 42, que permanece na Guatemala aguardando extradição para Nova York.

Parte desse dinheiro passou por contas nos Estados Unidos antes de ser transferido para outras, principalmente na Suíça.

Os irmãos Martinelli foram detidos em 6 de julho de 2020 no aeroporto internacional da Guatemala quando tentavam viajar para o Panamá.

A extradição de Luis Enrique foi aprovada por um tribunal da Guatemala em maio passado e a de seu irmão no início de novembro.

O Panamá também os acusa de envolvimento em um escândalo de corrupção também relacionado ao pagamento de propinas em troca de obras, conhecido como "Blue Apple".

Em 21 de dezembro de 2016, a Odebrecht se declarou culpada na Justiça Federal do Brooklyn por ter distribuído mais de 700 milhões de dólares em propina a autoridades latino-americanas, funcionários públicos e partidos políticos para obter e reter obras de infraestrutura.

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