Oeste dos EUA sofre com onda de calor extrema
Eventos climáticos extremos tornam-se cada vez mais comuns devido à causa do aquecimento global
Uma onda de calor extremo, avaliada por especialistas como excepcional, atinge o oeste dos Estados Unidos, onde a imprensa local especula que várias mortes podem estar relacionadas aos recordes de temperatura.
"Um calor perigoso vai permanecer no oeste no restante da semana" e deve se propagar para o leste a partir do fim da semana, anunciou nesta terça-feira (9) o Serviço Meteorológico Nacional (NWS).
Uma dezena de localidades registraram os dias mais quentes de sua história, entre elas Las Vegas, onde as temperaturas marcaram 48,9ºC no último domingo.
À medida que as temperaturas subiam, que ultrapassavam os 50ºC em algumas regiões, foram mortas pessoas em estados como Califórnia, Arizona e Oregon no fim da semana, segundo a imprensa americana.
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Quatro homens, com idades entre 33 e 84 anos, morreram em Portland, norte do país, e um praticante de caminhada de 50 anos foi encontrado morto no Grand Canyon, informou o Serviço de Parques Nacionais.
No Vale da Morte, na Califórnia, um motociclista morreu no fim de semana, quando os pneus marcavam 53ºC. Além disso, incêndios florestais afetam a região, o que se prepara para uma temporada intensa de fogo.
No sul do Texas, os alertas foram acionados após a passagem do furacão Beryl, que deixou mais de 2 milhões de pessoas sem luz, no momento em que as temperaturas ultrapassam os 35ºC.
A falta de energia "pode ser muito perigosa para a saúde humana quando acontece em um ambiente de calor extremo [principalmente de calor úmido], em que pessoas e prédios dependem de ar refrigerado", exige o especialista em clima Daniel Swain.
Eventos climáticos extremos tornam-se cada vez mais comuns devido à causa do aquecimento global, apontam cientistas.