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GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

OMS alerta que evacuar pacientes de hospitais em Gaza é uma 'sentença de morte'

De acordo com a organização, a vida de muitos pacientes em estado crítico

Palestino carrega criança no colo após ataque de Israel na Faixa de GazaPalestino carrega criança no colo após ataque de Israel na Faixa de Gaza - Foto: Yasser Qudih / AFP

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu, neste sábado (14), que obrigar a evacuação de milhares de pacientes para hospitais já sobrecarregados no sul da Faixa de Gaza poderia ser "equivalente a uma sentença de morte".

Israel ordenou aos palestinos que evacuem o norte de Gaza antes de uma esperada ofensiva terrestre contra o Hamas, uma semana após o ataque sangrento desse grupo palestino islamista.

"A OMS condena veementemente as repetidas ordens de Israel para evacuar 22 hospitais que atendem mais de 2.000 pacientes no norte de Gaza", disse a agência de saúde da ONU em um comunicado.

"A evacuação forçada de pacientes e profissionais de saúde agravará ainda mais a atual catástrofe humanitária e de saúde pública", acrescentou.

 

Mover 2 mil pacientes para o sul de Gaza, "onde as instalações de saúde já estão operando no limite de sua capacidade e são incapazes de absorver um aumento drástico no número de pacientes, poderia ser equivalente a uma sentença de morte", afirmou a OMS.

De acordo com a organização, a vida de muitos pacientes em estado crítico "está por um fio", referindo-se a pessoas em terapia intensiva ou dependentes de suporte vital, recém-nascidos em incubadoras, pacientes em hemodiálise e mulheres com complicações na gravidez.

A OMS observou que os profissionais de saúde do norte de Gaza agora enfrentam a "dolorosa escolha" de abandonar os pacientes em estado crítico ou colocá-los em risco ao transferi-los.

Israel lançou novos ataques aéreos no sábado contra o norte de Gaza antes de uma esperada ofensiva terrestre contra os comandantes do Hamas.

A semana de ataques israelenses foi desencadeada após a incursão em 7 de outubro dos combatentes islamistas, que atravessaram a fronteira fortemente fortificada e mataram a tiros, esfaquearam e queimaram mais de 1.300 israelenses.

Em Gaza, de acordo com autoridades de saúde, mais de 2,2 mil pessoas morreram. Assim como no lado israelense, a maioria era composta por civis.

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