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GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

OMS diz que é 'impossível' retirar pacientes do hospital Al Shifa em Gaza

O motivo é a vulnerabilidade e falta de lugar para abrigar esses pacientes

 Hospital Al-Shifa, em Gaza, não funciona mais como centro médico, segundo autoridades internacionais Hospital Al-Shifa, em Gaza, não funciona mais como centro médico, segundo autoridades internacionais - Foto: Bashar Taleb/AFP

Retirar os pacientes do hospital Al Shifa na Faixa de Gaza é uma "tarefa impossível", disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (14), argumentando que essas pessoas são muito vulneráveis e não têm outro lugar onde ir.

Milhares de pessoas permaneceram encurraladas nesta terça-feira no principal hospital de Gaza, em meio aos combates entre o Hamas e o Exército israelense, que consideram que o hospital é um lugar estratégico para o movimento islâmico.

Neste fim de semana, a representação israelense em Genebra acusou a OMS, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e o Escritório de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha) de criticar os apelos de Israel para evacuar o hospital.

“Estamos indo há um mês para civis e pacientes que evacuam o hospital Al Shifa, que abriga a sede do Hamas. Nosso objetivo é evitar que os civis fiquem encurralados em uma zona de combate ativo”, escreveu a representação israelense na rede social X.

"No entanto, a OMS, o CICV e o Ocha criticaram constantemente o nosso apelo, permitindo que o Hamas utilize o hospital, os seus pacientes e o seu pessoal como escudos humanos”, acrescentou.

Nesta terça-feira, uma porta-voz da OMS, Margaret Harris, explicou que os pacientes no hospital não puderam ser evacuados porque "estavam muito vulneráveis, muito doentes". “Então mova-los é uma tarefa impossível”, afirmou.

Também argumentou que esses pacientes não podem ir aos hospitais localizados no sul da Faixa de Gaza porque há menos estabelecimentos e estão "completamente saturados".

Israel bombardeou a Faixa de Gaza desde o ataque do Hamas em solo israelense em 7 de outubro, que deixou 1.200 mortos, a maioria deles civis, e cerca de 240 pessoas tomadas como reféns, segundo as autoridades israelenses.

Os ataques israelenses em Gaza mataram mais de 11.000 pessoas, dois terços delas mulheres e crianças, segundo o ministério da Saúde do Hamas.

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