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OMS fará reunião para avaliar se Covid-19 ainda representa emergência global

Tedros Adhanom, diretor-geral da entidade reconhece que o combate à doença melhorou nos últimos anos, mas alerta para o recente aumento no número de mortes

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMSTedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS - Foto: World Health Organization / AFP

Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse, na última terça-feira (24), que o Comitê de Emergência da entidade irá se reunir para avaliar se Covid-19 ainda representa emergência global. A infecção pelo novo coronavírus recebeu o status de emergência de saúde pública global em janeiro de 2020.

Quase exatos três anos depois de declarar uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional, nosso mais alto nível de alerta, esta semana o Comitê de Emergência sobre Covid-19 se reunirá para discutir se a situação atual ainda constitui uma emergência global, disse em coletiva de imprensa realizada na última terça-feira.

Embora Adhanom reconheça que o combate à doença melhorou desde o início da pandemia, ele alerta que "a resposta coletiva global está mais uma vez sob tensão.

Embora não vá antecipar o conselho do Comitê de Emergência, continuo muito preocupado com a situação em muitos países e com o número crescente de mortes, afirma.

Nas últimas oito semanas, mais de 170 mil pessoas morreram de Covid-19. O diretor-geral ressalta que isso se refere apenas às mortes relatadas.

O número real é muito maior, avalia Adhanom.

Ele também enfatiza que, globalmente, poucas pessoas – especialmente idosos e profissionais de saúde – estão adequadamente vacinadas. Há atraso na aplicação dos reforços, os antivirais continuam uma realidade distante para muitas pessoas devido ao alto valor, nem todos os pacientes recebem os cuidados adequados. Além disso, muitos sistemas de saúde frágeis ainda estão lutando para lidar com o fardo da Covid-19, em conjunto com outras doenças.

Para a OMS, houve redução "drástica" na vigilância e no sequenciamento genético do novo coronavírus, tornando mais difícil rastrear variantes conhecidas e detectar novas. Por fim, "há uma torrente de pseudociência e desinformação circulando, o que está minando a confiança em ferramentas seguras e eficazes para a Covid-19".

Minha mensagem é clara – não subestime esse vírus, ele nos surpreendeu e continuará a nos surpreender e continuará a matar, a menos que façamos mais para levar ferramentas de saúde às pessoas que precisam delas e combater de maneira abrangente a desinformação, alerta Adhanom.

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