Ondas extremas deixam três mortos no Equador e Chile e fecham portos no Peru
No Peru, 101 dos 121 portos do país foram fechados
As fortes ondas que atingiram as costas do Pacífico na América do Sul causaram a morte de uma pessoa no Chile neste domingo (29), que se soma a duas mortes no Equador e ao fechamento de mais de cem portos no Peru, informaram as autoridades.
De acordo com a Marinha chilena, que relatou "alguns danos" a embarcações menores, a vítima foi um homem de 30 anos que entrou na praia Tres Islas, na cidade de Iquique, não adequada para banho e sob aviso de marés anormais até 31 de dezembro.
“Após realizar manobras de reanimação sem resultados positivos, a pessoa foi declarada morta” na orla, disse em vídeo Camilo Aránguiz, chefe do Centro Meteorológico Marítimo da Marinha em Iquique.
Essas condições climáticas também afetaram o Equador, onde foram registrados "dois falecidos, ambos no cantão Manta (sudoeste), 38 famílias afetadas e duas famílias desabrigadas com residências destruídas", indicou Jorge Carrillo, secretário nacional de Gestão de Riscos, em coletiva de imprensa.
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"Foi um evento extremo que não estava nas previsões normais das ondas", acrescentou Carrillo, que disse que as províncias de El Oro, Esmeraldas, Manabí e Santa Elena foram as mais impactadas.
No Peru, 101 dos 121 portos do país foram fechados, e “praticamente todas as atividades de pesca e lazer no meio marítimo” foram restritas, declarou ao canal N o capitão Enrique Varea Loayza, chefe do departamento de Oceanografia da Marinha de Guerra do Peru.
Segundo o capitão, essas condições devem “continuar nos próximos dias”. Foram registradas ondas de até quatro metros de altura no fim de semana.
A previsão é que o fenômeno esteja moderado em 30 de dezembro e se torne leve entre 31 de dezembro e os primeiros dias de janeiro.
As marés altas afetaram dezenas de embarcações de pesca artesanal e comércios próximos à costa peruana, além de forçar moradores a fugir de áreas inundadas, como calçadões e praças, de acordo com imagens divulgadas na mídia local e redes sociais.
As mudanças climáticas “originam esse tipo de arrebentação anômala”, explicou à AFP Larry Linch, gerente de Defesa Civil da Prefeitura de Callao, onde fica o principal porto do Peru, acrescentando que os fortes ventos direcionados para a costa provocaram um aumento das marés na região.