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VENEZUELA

ONG denuncia 42 "prisões com fins políticos" na Venezuela às vésperas da posse de Maduro

Maduro tomou posse nesta sexta-feira para um terceiro mandato consecutivo (2025-2031), apesar das denúncias de fraude por parte da oposição

o presidente Nicolás Maduro e sua esposa Cilia Flores acenando ao chegar à base militar de Fort Tiuna para uma cerimônia durante sua posse, em Caracaso presidente Nicolás Maduro e sua esposa Cilia Flores acenando ao chegar à base militar de Fort Tiuna para uma cerimônia durante sua posse, em Caracas - Foto: Zurimar Campos / Presidência da Venezuela / AFP

Pelo menos 42 prisões "com fins políticos" foram registradas na Venezuela desde 7 de janeiro, três dias antes da posse do presidente esquerdista Nicolás Maduro, informaram nesta sexta-feira (10) defensores dos direitos humanos.

"Somente em janeiro verificamos, até agora, 49 prisões com fins políticos, 42 desde 7 de janeiro. E continuam", informou Alfredo Romero, presidente da ONG Foro Penal, que documenta as detenções políticas na Venezuela, em uma mensagem no X.

Maduro tomou posse nesta sexta-feira para um terceiro mandato consecutivo (2025-2031), apesar das denúncias de fraude por parte da oposição, que reivindica vitória de seu candidato Edmundo González Urrutia nas eleições de 28 de julho.

Antes da data da posse, o país viveu uma onda de prisões que incluiu o ex-candidato presidencial Enrique Márquez, o genro de González Urrutia, Rafael Tudares, e Carlos Correa, ativista em favor da liberdade de expressão.

Em 2024, após os protestos que eclodiram contra a vitória de Maduro, que foi proclamada sem que o órgão eleitoral mostrasse a contagem detalhada dos votos, como exige a lei, mais de 2.400 pessoas foram detidas sob acusação de "terrorismo" e levadas para prisões de segurança máxima.

De acordo com o Ministério Público, mais de 1.500 haviam sido libertadas até a primeira semana de janeiro.

A Foro Penal, por sua vez, denuncia que a Venezuela vive uma "crise repressiva" marcada pelo número mais alto de "presos políticos" do século XXI e do continente.

Maduro, no poder desde 2013, ordenou a ativação de um "plano de defesa", que consiste no destacamento massivo de militares e policiais em todo o país, ao reiterar supostos planos para derrubá-lo.

O sucessor do falecido Hugo Chávez disse que já são "mais de 150 mercenários estrangeiros" detidos às vésperas de sua posse para um terceiro mandato, entre eles dois cid

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