Logo Folha de Pernambuco

FOME

ONU: 258 milhões de pessoas precisaram de ajuda alimentar de emergência em 2022

A insegurança alimentar aguda aumentou pelo quarto ano consecutivo

Fome no SudãoFome no Sudão - Foto: UN Photo/Albert González Farran

Um total de 258 milhões de pessoas precisaram de ajuda alimentar de emergência em 2022, devido aos conflitos, crises econômicas e catástrofes climáticas, um número muito superior aos 193 milhões do ano anterior, alertaram várias agências da ONU.

O relatório mundial sobre as crises alimentares é "uma dura crítica à humanidade, incapaz de avançar para eliminar a fome, o objetivo de desenvolvimento sustentável número dois da ONU”, lamentou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

A insegurança alimentar aguda aumentou pelo quarto ano consecutivo, com milhões de pessoas "sofrendo uma fome tão severa que ameaça diretamente sua vida", destaca uma rede de 17 entidades, que inclui a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Programa Mundial de Alimentos (PMA) e a União Europeia (UE).

O relatório inclui 58 países, cinco a mais que o estudo anterior, o que contribuiu para o aumento dos números.

A insegurança alimentar aguda "permanece em um nível inaceitável", em particular na República Democrática do Congo, Etiópia, Afeganistão, Nigéria e Iêmen, alerta o documento.

"Os conflitos continuam sendo o principal motor das crises alimentares", destaca a FAO, mas as recessões econômicas, decorrentes da pandemia de Covid-19 e da guerra na Ucrânia, tiveram consequências graves em vários países em 2022.

Os fenômenos meteorológicos extremos relacionados com a mudança climática, como a seca histórica na região do Chifre da África ou as inundações no Paquistão, também agravaram a situação alimentar.

Veja também

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos
Ucrânia

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível
Gaza

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível

Newsletter