Crise alimentar

ONU alerta para risco de fome na Somália

O país enfrenta um período de seca sem precedentes

Ifrah Mohamud alimenta sua filha gravemente desnutrida, Najax Ahmed Mahumed, 2, por meio de um tubo na Maternidade e Hospital Infantil Banadir em Mogadíscio, Somália, em 1º de junho de 2022Ifrah Mohamud alimenta sua filha gravemente desnutrida, Najax Ahmed Mahumed, 2, por meio de um tubo na Maternidade e Hospital Infantil Banadir em Mogadíscio, Somália, em 1º de junho de 2022 - Foto: Ed Ram / AFP

A ONU alertou na segunda-feira (6) sobre o risco de fome na Somália e disse que mais de 200 mil pessoas estão à beira da fome em meio a uma seca sem precedentes.

Cerca de 7,1 milhões de pessoas - quase metade da população - passam fome, mas a situação é ainda mais catastrófica e urgente para os mais afetados, quase 213 mil pessoas, segundo uma nova avaliação das agências da ONU.

O Chifre da África sofre a pior seca dos últimos 40 anos, o que desencadeou a fome no Quênia, Etiópia e Somália. O aumento dos preços dos alimentos, as más colheitas e a morte do gado são alguns dos fatores.

Na Somália, os grupos humanitários tentam evitar que se repita a fome de 2011, que matou 260 mil pessoas.

"Temos que agir imediatamente para evitar uma catástrofe humanitária", disse El-Jidir Dalum, diretor do Programa Mundial de Alimentos na Somália, em um comunicado.

"As vidas dos mais vulneráveis já estão em risco pela desnutrição e pela fome e não podemos esperar que a fome seja declarada para agir. É uma corrida contra o tempo para prevenir a fome", acrescentou.

O número de pessoas suscetíveis a sofrer "fome catastrófica e inanição" aumentou 160% desde abril, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Rede de Alerta Antecipado contra a Fome, financiada pelos Estados Unidos.

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