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Gaza

ONU denuncia destruição "intencional" de equipamentos médicos nos hospitais de Gaza

Houve uma "destruição intencional e gratuita na maternidade", ressaltou

Bombardeios em GazaBombardeios em Gaza - Foto: AFP

A ONU denunciou, nesta sexta-feira (19), a destruição "intencional" de equipamentos médicos em hospitais e maternidades de Gaza sitiados por Israel, e alertou para o aumento de partos "em condições desumanas e inimagináveis" neste território palestino.

Duas missões recentes da ONU em hospitais da Faixa de Gaza comprovaram que muitos estavam "em ruínas" e que somente alguns conseguiam fornecer serviços de cuidado materno-infantis, informou o representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) para a Palestina, Dominic Allen.

"O que eu vi partiu o meu coração [...] É indescritível", disse Allen sobre a situação do hospital Nasser, na cidade de Khan Yunis, no sul de Gaza, que foi cercado de forma prolongada pelos militares israelenses.

"O que vemos ali são equipamentos médicos quebrados de propósito; máquinas de ultrassom [...] com cabos que foram cortados e outros equipamentos médicos complexos com telas quebradas", explicou ele em Jerusalém, em uma videoconferência de imprensa com jornalistas em Genebra.

Houve uma "destruição intencional e gratuita na maternidade", ressaltou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia sinalizado a dificuldade de levar este tipo de material ao território palestino antes mesmo da ofensiva israelense contra o movimento islamista Hamas, em resposta ao sangrento ataque de combatentes do grupo ao sul de Israel, em 7 de outubro.

Em Al Jair, outra maternidade de Khan Yunis, "parece que já não existe nenhum equipamento médico que funcione", observou.

Dos 36 hospitais de Gaza, apenas dez estão em funcionamento, embora parcialmente, acrescentou.

O comandos do Hamas mataram 1.170 pessoas, a maioria civis, no ataque de 7 de outubro, segundo um balanço da AFP com base em dados israelenses.

Já a ofensiva de Israel sobre o território sitiado deixou 34.012 mortos, majoritariamente civis, de acordo com um balanço do Ministério da Saúde do Hamas, que governa Gaza desde 2007.

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