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ONU denuncia "endurecimento" da resposta iraniana às manifestações

Os protestos foram desencadeados pela morte, em 16 de setembro, da jovem Mahsa Amini

ONU denuncia "endurecimento" da resposta iraniana às manifestaçõesONU denuncia "endurecimento" da resposta iraniana às manifestações - Foto: UGC / AFP

A ONU denunciou, nesta terça-feira (22), o "endurecimento" da resposta iraniana às manifestações e pediu às autoridades que imponham uma moratória imediata à pena de morte.

"O chefe de direitos humanos da ONU, Volker Türk, afirma que o número crescente de mortes, devido às manifestações no Irã — incluindo duas crianças neste fim de semana — e o endurecimento da resposta das forças de segurança ressaltam a situação crítica no país", disse seu porta-voz, Jeremy Laurence, em entrevista coletiva regular em Genebra.

“Pedimos às autoridades que respondam às demandas da população em matéria de igualdade, dignidade e direitos, em vez de usarem uma força desnecessária, ou desproporcional, para reprimir as manifestações”, acrescentou.

Ele enfatizou que "a falta de prestação de contas pelas violações flagrantes dos direitos humanos no Irã persiste e contribui para o aumento das denúncias".

Os protestos foram desencadeados pela morte, em 16 de setembro, da jovem Mahsa Amini, de 22 anos, após sua prisão por violar o rígido código de vestimenta para mulheres baseado na "sharia".

Desde o início das manifestações, mais de 300 pessoas foram mortas, incluindo mais de 40 crianças, segundo o escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos.

A ONG Iran Human Rights (IHR), com sede na Noruega, informou um número maior de mortos, pelo menos 378 pessoas, incluindo 47 crianças, durante a repressão às manifestações.

Segundo a assessoria do Alto Comissariado, dois adolescentes de 16 anos estão entre as seis pessoas mortas no fim de semana.

O escritório do Alto Comissariado pede que "se ponha em liberdade todas as pessoas detidas em relação ao exercício de seus direitos, incluindo o direito de reunião pacífica, e que sejam retiradas as acusações que pesam sobre elas" e que o Irã "imponha, imediatamente, uma moratória sobre a pena de morte".

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