ONU diz que 9 funcionários da UNRWA "podem estar envolvidos" no ataque do Hamas a Israel em outubro
Em janeiro, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu uma investigação sobre as denúncias
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As Nações Unidas afirmaram, nesta segunda-feira, que nove funcionários de sua Agência para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) “poderiam estar envolvidos” no ataque de 7 de outubro no sul de Israel, quando membros do grupo terrorista Hamas invadiram o território israelense e mataram mais de 1,1 mil pessoas.
De acordo com comunicado emitido pela ONU, os supostos envolvidos foram demitidos.
— Temos informações suficientes para tomarmos as medidas que estamos tomando, ou seja, a demissão desses nove indivíduos — disse o porta-voz das Nações Unidas, Farhan Haq.
Em janeiro, Israel denunciou que 12 empregados da UNRWA participaram do atentado que desencadeou a guerra atual no enclave palestino.
Na ocasião, membros do Hamas sequestraram 251 reféns, 111 dos quais seguem detidos em Gaza, incluindo 39 que, segundo o Exército israelense, morreram. Do lado palestino, o conflito já deixou mais de 39,6 mil mortos em quase dez meses.
Em janeiro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu uma investigação sobre as denúncias de que funcionários do órgão estariam envolvidos no ataque.
Logo depois, as autoridades israelenses apresentaram denúncias contra outros sete membros da agência. Agora, a investigação das 19 pessoas denunciadas foi concluída. Foi apontado que, em um dos casos, “não há evidência” do suposto envolvimento.
Em outros nove, a evidência é “insuficiente para apontar seu envolvimento”, embora a organização tenha anunciado que “medidas apropriadas serão tomadas em seu devido tempo” e “em conformidade” com as normas da agência.
Os nove restantes, disse, “podem ter participado” – e seu vínculo empregatício com a agência “será rescindido em interesse” da mesma, disse a UNRWA em comunicado.