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Haiti

ONU expressa preocupação com gestantes no Haiti

A crise haitiana gerou preocupação nos Estados Unidos, que pediram ao primeiro-ministro, Ariel Henry, ausente daquele país

Bandeira do HaitiBandeira do Haiti - Foto: pixabay

Até 3.000 mulheres grávidas no Haiti correm o risco de perder o acesso a um atendimento de saúde crucial, alertou a ONU nesta sexta-feira (8), enquanto as condições humanitárias se deterioram na capital daquele país, Porto Príncipe.

Na semana passada, a violência das gangues tomou conta do Haiti, levando a alertas de grupos de ajuda sobre a escassez de instalações e equipes médicas.

"Se a área metropolitana de Porto Príncipe permanecer paralisada nas próximas semanas, quase 3.000 mulheres grávidas poderão ser privadas de acesso a cuidados básicos de saúde, e quase 450 podem enfrentar complicações obstétricas potencialmente fatais se não receberem atendimento médico", advertiu o escritório da ONU no Haiti nesta sexta-feira.

A crise haitiana gerou preocupação nos Estados Unidos, que pediram ao primeiro-ministro, Ariel Henry, ausente daquele país, que realize uma reforma política urgente para evitar uma nova escalada.

As gangues, que controlam grande parte de Porto Príncipe, bem como as estradas que levam ao restante do país, atacaram infraestruturas-chave nos últimos dias, incluindo duas prisões, o que permitiu a fuga da maioria dos 3.800 detentos.

Assim como alguns haitianos comuns, as gangues pedem a renúncia de Henry, que deveria ter deixado o cargo em fevereiro, mas, em vez disso, concordou com um compartilhamento do poder com a oposição até que novas eleições sejam realizadas.

Henry estava no Quênia quando a violência eclodiu e, desde então, não conseguiu retornar ao Haiti. Segundo relatos, ele está em Porto Rico.

Nesta quinta-feira, o governo haitiano decretou estado de emergência de um mês na região oeste do país, que inclui a capital, bem como um toque de recolher noturno até segunda-feira.

Em comunicado divulgado hoje, a ONU também alertou que mais de 500 sobreviventes de violência sexual podem ficar sem atendimento médico até o fim de março se as condições não melhorarem.

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