INTERNACIONAL

ONU pede R$ 3,3 bi para combater crise humanitária no Haiti

De acordo com a ONU, cerca de 45% da população sofre de insegurança alimentar no Haiti

Violência no HaitiViolência no Haiti - Foto: Richard Pierrin/AFP

A ONU lançou, nesta terça-feira (27), um apelo para arrecadar cerca de 674 milhões de dólares (R$ 3,3 bilhões, na cotação atual) em doações para ajudar mais de 3,6 milhões de haitianos, afetados pela violência das gangues e por uma das mais graves crises alimentares do mundo.

"Em 2023, a violência perpetrada por gangues armadas contra a população haitiana continuou se espalhando por todo o país, atingindo áreas rurais isoladas onde a presença do Estado foi desgastada", afirma a Organização das Nações Unidas (ONU) em um plano de ajuda humanitária para 2024.

O programa denuncia a multiplicação de ataques contra hospitais, escolas e locais de culto.

Com "a deterioração da situação de segurança, o quase colapso dos serviços básicos, o impacto de anos de seca e o impacto ligado a desastres naturais", 5,5 milhões de haitianos, em uma população de mais de 10 milhões, se encontrarão "em um estado de profunda vulnerabilidade em 2024".

O plano busca atender às necessidades de 3,6 milhões de pessoas, para as quais são necessários 673,8 milhões de dólares, em um contexto de subfinanciamento crônico das operações humanitárias.

Segundo a ONU, 45% da população sofrem de insegurança alimentar no Haiti.

Do total, 1,4 milhão enfrenta uma crise de nível 4 – na classificação IPC, que mede a segurança alimentar, que vai até 5, de catástrofe – e três milhões estão no nível 3. Entre elas, 250 mil crianças sofrem de desnutrição aguda.

No início de janeiro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse estar "consternado" com a violência das gangues que assola o Haiti, onde os homicídios mais do que dobraram em 2023, quando houve quase 5.000 assassinatos, entre eles 2.700 de civis.

Em outubro passado, o Conselho de Segurança da ONU aprovou o envio de uma missão multinacional liderada pelo Quênia para ajudar as forças locais na ilha, mas seu envio está bloqueado por uma decisão judicial em Nairóbi.

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