Crise

ONU reduz drasticamente ajuda alimentar à Síria por falta de financiamento

"Uma crise de financiamento sem precedentes", foi assim que a organização classificou a situação

Distribuição de alimentos do Programa na Somália, em 2011Distribuição de alimentos do Programa na Somália, em 2011 - Foto: Roberto Schmidt / AFP

A ONU anunciou, nesta terça-feira (13), que a falta de fundos a obrigou a reduzir a menos da metade o número de beneficiários da ajuda alimentar na Síria.

Mencionando "uma crise de financiamento sem precedentes na Síria", o Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas informou que se vê obrigado a deixar de atender 2,5 milhões de pessoas do total de 5,5 milhões que contavam até agora com essa ajuda para suprir "suas necessidades básicas de alimentação".

"Após ter examinado todas as suas opções" e descartar um esgotamento de suas reservas daqui até outubro, o PMA diz ter escolhido ajudar os "três milhões de sírios impossibilitados de seguir adiante de uma semana para outra sem ajuda alimentar".

A agência da ONU fez esse anúncio um dia antes da 7ª conferência da UE sobre o futuro da Síria e da região, em Bruxelas.

A Síria sofre os efeitos devastadores de 12 anos de conflito, que deixou meio milhão de mortos e milhares de deslocados e refugiados.

A situação foi agravada pela pandemia, que causou uma crise econômica, e pelo terremoto de 6 de fevereiro.

"Atualmente, uma renda mensal média cobre apenas um quarto das necessidades alimentares de uma família", destacou o PMA.

E até mesmo antes do terremoto de fevereiro, "12,1 milhões de pessoas no país estavam expostas à fome", indicou o PMA.

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