Opas e OMS dizem que continuarão a trabalhar com Brasil apesar de problemas políticos
Na última sexta (5), o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil poderia deixar a OMS caso organização não deixe de ser uma entidade "política e partidária"
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Em conferência de imprensa virtual realizada nesta terça-feira (9), Marcos Espinal, diretor do departamento de doenças transmissíveis da Opas (Organização Panamericana da Saúde), disse que a organização, assim como a OMS (Organização Mundial da Saúde) continuarão trabalhando com o Brasil no combate ao coronavírus apesar do que chamou de "a coisa política".
Para Espinal, o Brasil tem um sistema de saúde "único, uma jóia" que presta serviços de atendimento básico importante. " A organização continuará trabalhando com o Brasil. Estamos capacitando profissionais de saúde em Manaus e em outras áreas. O Brasil tem uma história de cooperação com a OMS e a Opas. Além de um sistema de saúde único, uma jóia. Acreditamos que independentemente da coisa política nós continuaremos apoiando o brasil', disse.
Na última sexta (5), o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil poderia deixar a OMS caso organização não deixe de ser uma entidade "política e partidária".
"Adianto aqui: Os EUA saíram da OMS, a gente estuda no futuro. Ou a OMS trabalha sem o viés ideológico ou a gente está fora também. Não precisamos de gente lá de fora dar palpite na saúde aqui dentro", disse. A fala de Bolsonaro foi transmitida pela rede CNN Brasil. "Ou a OMS realmente deixa de ser uma organização política e partidária ou nós estudamos sair de lá", acrescentou.