Operação contra esquema de pirâmide financeira cumpre mandados no Recife e em cidades do Agreste
Ministério Público estima prejuízo gerado de R$ 60 milhões. No Estado, são cinco mandados de prisão e 12 de busca e apreensão
Deflagrada nesta quinta-feira (25), a Operação Black Monday visa desarticular uma organização criminosa envolvida na prática de pirâmide financeira, crimes contra as relações de consumo e lavagem de dinheiro.
Em Pernambuco, são cumpridos cinco mandados de prisão e 12 de busca e apreensão nas cidades do Recife e de Caruaru, Pesqueira e Gravatá, no Agreste.
A operação ocorre simultaneamente em 12 estados do País. De acordo com o Ministério Público, o prejuízo gerado pela organização é estimado em R$ 60 milhões.
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Os mandados em Pernambuco são cumpridos pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Pernambuco (Gaeco/MPPE), em parceria com a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Investigações do Ministério Público de Minas Gerais indicam que a organização criminosa estaria captando recursos do público através dos sites Aprenda Investindo e Investing Brasil com a promessa de realizar investimentos lucrativos.
No entanto, esses valores eram convertidos pelos criminosos em bens de alto valor e criptomoedas. Até o momento, segundo o MPPE, já foram identificadas 1,5 mil vítimas do esquema.
De acordo com o MPPE, foram detidas duas pessoas em Gravatá. Os dois foram conduzidos à delegacia da cidade, onde ficarão à disposição da Justiça para realização de audiência de custódia e eventual recolhimento ao presídio.
O líder do grupo, que reside em Caruaru, foi encontrado em João Pessoa, na Paraíba. Ele possuía dois mandados de prisão expedidos em seu nome com endereços em Caruaru e João Pessoa, tendo sido encontrado no estado vizinho.
Com ele, foram encontrados automóveis de luxo das marcas Lamborghini e BMW.
Já o material apreendido no Recife inclui documentos bancários, pen drives, computadores, R$ 287 mil em espécie e veículos, totalizando um valor aproximado de R$ 600 mil.
O material vai ser encaminhado ao Gaeco, no Recife, onde passará por uma análise inicial e depois será remetido ao MPMG.