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Operação da Polícia Civil mira grupo suspeito de sequestrar gerentes de bancos em Pernambuco

Quatro homens são investigados por extorsão mediante sequestro

Operação ScarpaOperação Scarpa - Foto: Júnior Soares/Folha de Pernambuco

Quatro homens suspeitos de integrar uma quadrilha que praticava sequestros de servidores de instituições bancárias em Pernambuco foram alvos de mandados de prisão cumpridos nesta terça-feira (26).

Os suspeitos, que já estavam presos preventivamente, são investigados pelo sequestro do gerente da agência do Banco do Brasil de Palmares, na Zona da Mata Sul, em 2022.

O grupo, segundo a Polícia Civil, estudava as rotinas das vítimas (pessoas que têm acesso facilitado ao dinheiro nas agências bancárias) e os levavam, junto a familiares, a um cativeiro.

No local, os funcionários dos bancos eram coagidos a voltarem à agência no dia seguinte e sacar a maior quantia em dinheiro possível em troca da liberação da família. A prática, de acordo com a polícia, é conhecida informalmente como "sapatinho"

A Operação Scarpa, iniciada em setembro de 2022, foi motivada pelo sequestro do gerente do Banco do Brasil do município de Palmares, que foi sequestrado junto com a esposa e dois filhos, com idades entre sete e dez anos. Na ocasião, a família foi ameaçada com armas de fogo e explosivos. 

Segundo a investigação, outros casos semelhantes foram registrados no estado. Os suspeitos levavam as vítimas para uma chácara localizada na zona rural de Agrestina, no Agreste pernambucano. As quantias em dinheiro roubadas pelo grupo, de acordo com a polícia, não foram recuperadas.
 

“Geralmente eles tinham preferência por tesoureiros e gerentes, que são funcionários que costumam ter mais acesso aos cofres. Os familiares, nesses sequestros, servem como reféns e atuam no convencimento do funcionário, que é coagido a voltar à agência”, explica o delegado José Tenório, da Polícia Civil. 

Entre os quatro envolvidos, estão três suspeitos de planejar e executar os sequestros o caseiro da chácara em Agrestina. 

De acordo com a corporação, o grupo responderá pelo crime de extorsão mediante sequestro, com um qualificador relacionado ao envolvimento de crianças e adolescentes no crime, e pela formação de organização criminosa. A pena para o sequestro qualificado, em caso de condenação, varia de 12 a 20 anos. 
 

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