Operação de resgate de submersível desaparecido prossegue apesar da escassez de oxigênio
Comandante da operação afirmou em programa americano que a "vontade de viver das pessoas" já foi decisiva em casos complexos, como o que envolve o Titan
A Guarda Costeira dos Estados Unidos afirmou nesta quinta-feira (22) que prossegue com a operação de "resgate" do submersível desaparecido próximo aos destroços do Titanic, e dos seus cinco tripulantes, apesar do temido fim das reservas de oxigênio da embarcação.
"Nós continuamos vendo casos particularmente complexos, nos quais a vontade de viver das pessoas também deve ser levada em consideração. Então, nós continuamos procurando e dando continuidade aos esforços de resgate", disse o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira americana, que está no comando da operação, ao programa Today, do canal NBC.
A intensa operação de busca entra hoje numa fase crítica, uma vez que o oxigênio pode já ter se esgotado. A estimativa era de que a reserva de 96 horas disponível no submersível Titan acabaria por volta das 7h desta quinta-feira.
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Porém, especialistas entrevistados por jornais internacionais indicaram que a projeção é imprecisa, e algumas medidas tomadas pelos passageiros poderiam conservar o ar respirável em seu interior. Enquanto não se sabe se eles conseguiram sobreviver dentro da embarcação, ainda restam algumas possibilidades.
Esforços internacionais integram equipe de buscas
Uma flotilha de aviões e embarcações especializadas participam das buscas pelo submersível turístico desaparecido no Atlântico Norte. As equipes correm contra o tempo para localizar o Titan. Os esforços de salvamento são integrados por aviões de detecção de submarinos, robôs controlados remotamente (ROV) e equipamentos de escuta por sonar para ajudar a rastrear essa parte do oceano à procura do submersível.
Vários aviões C-130 estão percorrendo a superfície do mar tentando contato visual e com radares. Por sua vez, os aviões de patrulha marítima P-3 canadenses lançaram boias de sonar para tentar captar sons da superfície do oceano. Além disso, um caçador de submarinos P-8 canadense também se juntou aos esforços de busca.
Área de buscas ampliada
Em coletiva cedida na tarde ontem, o Capitão Jamie Frederick, porta-voz da Guarda Costeira americana ,anunciou que a área vasculhada por navios e aeronaves americanos e canadenses passou para 26 mil km². Até a terça-feira, ela era de 14 mil km². Além disso, a profundidade das buscas aumentou para 4 km. Os fatos da localização ser distante da costa, o clima estar sofrendo mudanças e haver ação das correntes do mar, estão influenciando nas estratégias.
"Temos que nos manter otimistas e esperançosos quando estamos em um caso de busca e resgate", declarou o Capitão Frederick, em declarações a jornalistas em Boston.