Logo Folha de Pernambuco

oriente médio

Operação em Rafah deixará Israel a semanas da vitória total, diz Netanyahu

Primeiro-ministro israelense Benjamin NetanyahuPrimeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu - Foto: AFP

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (25) que uma operação militar em Rafah, onde 1,4 milhão de palestinos estão refugiados, deixaria o país a algumas semanas de uma "vitória total" sobre o Hamas.

As negociações para um cessar-fogo foram retomadas em Doha, informaram meios de comunicação próximos ao governo do Egito, mas Netanyahu declarou que isto não impediria uma ofensiva em Rafah.

"Se tivermos um acordo (de cessar-fogo), será adiado de alguma maneira, mas vai acontecer", declarou ao canal americano CBS.

"Se não tivermos um acordo, faremos de qualquer maneira. Tem que ser feito porque a vitória total é o nosso objetivo e a vitória total está dentro do nosso alcance, e não daqui a meses, mas semanas, assim que começarmos a operação", acrescentou.

Uma delegação de Israel esteve em Paris na sexta-feira para discutir um acordo sobre um novo cessar-fogo e a libertação dos sequestrados pelo Hamas, mantidos em cativeiro em Gaza, em troca de prisioneiros palestinos detidos por Israel.

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, declarou ao canal CNN que os diálogos em Paris chegaram a um "entendimento" sobre um possível acordo.

"Representantes de Israel, Estados Unidos, Egito e Catar se reuniram em Paris e chegaram a um entendimento entre os quatro sobre como devem ser os contornos básicos de um acordo sobre os reféns para um cessar-fogo temporário", afirmou.

As conversações foram retomadas em Doha, incluindo representantes do Hamas.

"Estamos trabalhando nisso. É o que queremos, é o que eu quero. Porque queremos libertar os demais reféns", disse Netanyahu.

"Não posso dizer se vamos conseguir, mas se o Hamas abandonar suas exigências delirantes e as trazer para a Terra, teremos o progresso que todos desejamos", acrescentou o chefe de Governo israelense.

No ataque de 7 de outubro, o grupo islamista palestino tomou quase 250 pessoas como reféns: 130 permanecem em Gaza, incluindo 30 que as autoridades israelenses acreditam que foram mortas.

Assim como na trégua anterior de uma semana, em novembro, que possibilitou a libertação de mais de 100 reféns e 240 prisioneiros palestinos, Catar, Egito e Estados Unidos lideram as negociações.

A pressão internacional para um cessar-fogo aumentou nas últimas semanas, à medida que o número de mortos na ofensiva militar de Israel no território palestino se aproxima de 30.000, a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

Israel prometeu "aniquilar" o Hamas, que governa Gaza, em resposta ao ataque de 7 de outubro que matou 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado nos números divulgados pelas autoridades israelenses.

Questionado sobre as exigências dos Estados Unidos para proteger os civis em Rafah, Netanyahu disse que os comandantes militares de Israel devem apresentar um "plano duplo, um plano para evacuar e um plano para desmantelar os batalhões remanescentes" (do Hamas).

Veja também

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos
Ucrânia

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível
Gaza

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível

Newsletter