Operação mira organização criminosa suspeita de tráfico, lavagem de dinheiro e extorsão na RMR
Foram expedidos 13 mandados de prisão e outros nove mandados de busca e apreensão domiciliar
A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, nesta quinta-feira (29), a segunda fase da Operação Camarás.
A ação tem como objetivo desarticular uma quadrilha investigada por extorsão, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro nacional.
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A apuração da operação começou em fevereiro de 2021. Para esta quinta-feira, foram expedidos ~e cumpridos pela Comarca de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, 13 mandados de prisão e outros nove mandados de busca e apreensão domiciliar. Participam dos trabalhos 70 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.
"Esse grupo contava com a participação de detentos. O líder da organização criminosa estava em um dos presídios do Curado", explicou o titular da 9ª Delegacia Seccional de Camaragibe, o delegado Paulo Gondim.
No curso das investigações da segunda fase da operação, esse líder da quadrilha foi preso, em março, acrescentou o delegado.
"Ele pratica a extorsão com outros membros da organização criminosa, que foram presos hoje [quinta-feira]", continuou Paulo Gondim.
As extorsões eram feitas a comerciantes mediante cartas e ligações telefônicas. As vítimas eram escolhidas aleatoriamente e tinham pontos comerciais em Camaragibe e na Zona Oeste do Recife.
"Tinha dois que indicavam as possíveis vítimas. Outro membro entregava as cartas e realizava as ameaças e um outro emprestava a conta corrente para movimentar o dinheiro", completou o delegado.
Nas cartas e ligações, os criminosos afirmavam que conheciam a vítima, sabia onde morava e a rotina das famílias. "Alguns, ele chegava a mandar fotos e exigia dinheiro. As vítimas amedrontadas entregavam", disse Paulo Gondim.
O dinheiro arrecadado com as extorsões era depositado no sistema financeiro nacional e emprestado a juros, no esquema conhecido como agiotagem.