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OPINIÃO

A dança da atenção e o valor da intenção entre Amantes e Haters

Não são aqueles que só aplaudem seus passos. São quem permanece ao seu lado, mesmo quando você perde o ritmo. Eles sabem discordar com afeto, apontar o que precisa melhorar sem roubar sua autoestima. São seus pilares nos dias difíceis, os que enxergam o brilho do seu potencial até quando você duvida dele. Amantes vibram com suas conquistas como se fossem deles, porque, de certa forma, são: eles torcem por você como quem planta e espera pela colheita.

E então, os haters… Ah, esses são artistas do disfarce. Envolvem críticas ácidas em palavras polidas, vendem julgamento como se fosse conselho. “Quero seu bem,” dizem, enquanto torcem para que você desista, tropece, caia. Eles miram suas inseguranças e as transformam em armas. Não porque sejam mais fortes ou mais sábios, mas porque têm medo do que você pode se tornar.

Mas aqui está a virada: os haters também ensinam, ainda que sem querer. Cada provocação é uma chance de você aprender a filtrar o que importa. Cada comentário ácido é um convite para fortalecer sua resiliência, para crescer na adversidade. É o tipo de lição que vem com custo, mas que também traz recompensas: te mostra quem você é e o quanto pode suportar.

A chave está na intenção. Um amante não finge que você é perfeito; ele te confronta, mas para que você cresça. Ele aponta falhas como quem ajusta o leme de um barco, para que você alcance o destino. Já o hater aponta suas fraquezas como quem torce para você afundar. A diferença é clara: um constrói, o outro destrói.

Por isso, escolha com cuidado. Invista sua energia em quem te eleva, em quem enxerga além dos seus erros. E para quem só sabe derrubar? O mais poderoso que você pode oferecer é o silêncio. Não é covardia, é sabedoria. O silêncio não é apenas um escudo; é também uma declaração: “Você não merece minha atenção.”

Entre amantes e haters, a dança é sua. Cada passo que você dá é um manifesto de quem você permite entrar na sua história. E lembre-se: a sua energia é seu maior tesouro. Ofereça-a a quem soma, a quem vibra, a quem constrói. Porque, no final, é isso que importa: cercar-se de quem quer te ver voar e aprender a deixar o resto para trás.

* Jornalista, radialista e filósofo.

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