A maré das cinzas
Diante das queimadas e das secas que assolam o País e do fogo político que se alastra pelas nossas instituições, podemos comparar este momento com o cenário internacional onde há uma ebulição de situações crônicas e, até “anacrônicas”, com conflitos reais e potenciais por todas as partes: Gaza, Israel, Líbano, Jordânia, Irã, Iêmen, Rússia, Ucrânia, Taiwan, China, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Venezuela, Afeganistão, entre tantas outras regiões e nações espalhadas mundo afora.
Neste universo contemporâneo “dígito-celulótico”, vale o que se vê nas telas, mais do que o saber e o conhecimento. Uma gigantesca contradição histórica civilizatória!
Na dúvida entre a esperança e o pessimismo, vamos navegando por rumos perigosamente desconhecidos. Se a evolução da ciência e da tecnologia pode apontar a crença em novos caminhos, a descrença num futuro melhor e mais próspero indica ceticismo diante da vida e do homem.
O planeta é dominado pelas águas que sobem e descem de acordo com as marés. Mas, é preciso evitar que os mares e os rios se encham de cinzas. Serão as cinzas de um declínio civilizatório e de um novo conflito bélico mundial?
Economista e empresário.
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