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opinião

A solidariedade no mundo

De acordo com o de Word Giving Index 2024, Relatório da CAF-Charities Aid Foundation, cerca de 4,3 bilhões pessoas ajudaram alguém que não conheciam, ofereceram seu tempo disponível (serviço voluntário) ou doaram dinheiro para uma ONG/Organização da Sociedade Civil. A CAF é representada no Brasil pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, entidade sediada na cidade de São Paulo.  

O WGI é uma das maiores pesquisas sobre Solidariedade, com milhares de pessoas entrevistadas em todo mundo, desde 2009. Nesta edição estão incluídos dados de 142 países, onde as pessoas foram questionadas sobre três tipos de ações: Ajuda a um desconhecido, Doação de dinheiro para uma Organização Social ou Doação do seu tempo (voluntariado). 

Segundo a pesquisa dos dez países melhores no ranking, somente dois estão na lista das maiores economias do mundo: Estados Unidos e Indonésia, sendo este último, considerado o país mais generoso. Enquanto Gâmbia, um dos mais pobres, ocupa a quarta colocação. Os dez países melhores posicionados são: Indonésia, Quênia, Singapura, Gâmbia, Nigéria, Estados Unidos, Ucrânia, Austrália, Emirados Árabes e Malta. 

Para Neil Heslop OBE, Diretor Executivo da CAF, “A generosidade das pessoas em todo mundo ficou evidente na mais recente edição do WGI, com a pontuação do índice global em seu nível mais alto, apenas igualado anteriormente na pandemia. A pesquisa demonstra como pessoas de todos os continentes e culturas permanecem prontas para ajudar os necessitados, durante um ano de desafios econômicos e humanitários contínuos”.

Com relação às atividades ou ações voluntárias, como um dos indicadores da pesquisa da Solidariedade é de suma importância, ressaltar os dados da última Olimpíada, realizada na França, onde foram convocados cerca  de 45 mil voluntários para atuarem nas diversas frentes de prestação de serviços a milhares de participantes.

O Brasil na presente pesquisa ganhou três posições em relação ao ano anterior e agora ocupa a posição 86 no ranking geral. Tendo os três indicadores estáveis, com leve melhora na Doação para ONGs/Entidades da Sociedade Civil. A ajuda a um desconhecido ainda é comportamento predominante praticado por 65% dos entrevistados. Esta foi até agora segunda melhor pontuação, conquistada.

Para Paula Fabiani, Diretora do IDIS, “não foi surpreendente a estabilidade da cultura de doação no Brasil, mas foi muito interessante ver como políticas públicas voltadas ao incentivo à filantropia, como incentivos fiscais, matching de doações individuais e benefícios para a prática de voluntariado corporativo, surtiram efeitos positivos em Singapura e podem ser exemplares para nós”.

Em Pernambuco, na Região Metropolitana do Recife, onde vive metade da população do Estado, o trabalho dos voluntários tem sido importante para as Instituições que utilizam esses serviços, principalmente, na área de Educação, Assistência Social e Saúde, que atendem a um significativo número de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Algumas dessas Instituições, entre elas: a AACD, o GAC, a FAV, o Lar do Neném, a LBV, o Movimento Pró-Criança e a Pastoral da Criança, se reuniram e formaram  a Rede Pernambuco Voluntário a fim de capacitar novos voluntários. Tendo, desde a sua criação, já capacitado cerca de 1.500 pessoas para ações voluntárias.


* Professor universitário aposentado e fundador da Rede Pernambuco Voluntário.

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