Sex, 26 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
OPINIÃO

"Espelho, espelho meu ..."

Espelho, espelho meu, existe no mundo alguém mais “Great” do que eu?

E o espelho mágico de pronto respondeu, ninguém majestade, vossa alteza é o maior dos maiores loucos de todos os tempos! Na sequência o espelho foi despedaçado, talvez pelo fato de não ter agradado seu dono pela desaforada e inoportuna resposta.

Fica a lição, recomendando aos loucos do século XXI, que deletem suas imagens, apaguem suas miragens, ou como alternativa vão pra lua nos foguetes dos amigos fazendo pose junto com o cavalo de São Jorge para dar boas-vindas ao asteroide que já está a caminho em rota de colisão.

Talvez prefiram, como a proeza da proeza de última geração, inverter os movimentos de rotação e translação da Terra, seria mais chocante do que a reedição do modesto “Crash” da Bolsa de Nova York de 1929.

Quem sabe se não estamos assistindo à materialização do lendário “Krampus” descrito nas estórias americanas como uma figura bestial, metade cabra com chifres e metade demônio, com ódio de tudo e todos, o oposto do Papai Noel, chegando a bater nas crianças com um chicote e as jogava dentro de um saco, e em certas ocasiões irritado chegava a engoli-las.

Surgia de repente, saindo do nada para as ruas, agitando freneticamente correntes e um sino, blém! blém! Anunciando sua chegada com muito barulho, assustando por onde passava, dizem que a figura diabólica surgiu num passado que já vai longe, na Baviera na Alemanha, espalhando-se por vilarejos no norte da Itália e depois nos Estados Unidos inicialmente em Washington, Nova York e Chicago dentre outras localidades.

O resurgimento do Krampus e outros seres da mesma espécie, recomenda ao mundo civilizado cuidados especiais, convocando psiquiatras, psicanalistas, além naturalmente de juristas e economistas, capazes de diagnosticar o fenômeno, antes que se transforme mais uma vez nos “Greats” que a história mundial já enfrentou, dos “bárbaros” do passado remoto, até os reciclados “bárbaros” de hoje, a exemplo dos “lobos terríveis” de dez mil anos atrás que a ciência ressuscitou. 

Todas as experiências envolvendo o saber e a capacidade humana na busca por saudáveis modelos de interação entre os povos, são válidos e até mesmo recomendáveis, desde que a ética, o respeito, o caráter humanitário, o conhecimento profundo do universo “sub examen” estejam presentes com o concurso da Democracia, que infelizmente poucos conhecem seu significado como instrumento protetor dos direitos humanos básicos, fundamentais, como a liberdade de expressão, de religião, a garantia de participação popular na vida política, econômica, que lhes afeta direta e indiretamente, para que não sejamos todos nós apenas cobaias dos pretensos donos do mundo.


___
Os artigos publicados nesta seção não refletem necessariamente a opinião do jornal. Os textos para este espaço devem ser enviados para o e-mail [email protected] e passam por uma curadoria antes da aprovação para publicação.

 

 

Veja também

Newsletter