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OPINIÃO

Feliz Ano Novo!

Mais um ano novo para a nossa coleção de esperanças por tempos melhores, acervo robusto, que já contabiliza mais de cinco séculos de experiências de todos os tipos, Colônia, Monarquia, República, misturando a ancestralidade europeia com os povos originários da “Pindorama” tropical, e os de matriz africana, uns que chegaram por livre e espontânea vontade, milhares de outros que foram trazidos a força, a mistura de tudo isso redundou no Brasil de hoje.

Nascia o chamado “padrão Brasil”, miscigenação de credos e cores, evoluindo da igualdade dos verdadeiros milenares donos da terra, para a desigualdade dos que vieram depois e que pontifica até hoje.

Vale observar, que no transcurso desses quinhentos e poucos anos, recentemente, há apenas trinta e um anos, resolvemos perguntar mais uma vez democraticamente à Nação se não desejava a volta da Monarquia, com saudade do estadista Imperador Pedro II, ou se realmente estávamos convencidos de que a República seria a melhor opção para o País a luz dos novos tempos, da nova realidade Nacional e Internacional, a resposta foi não, apenas a título de curiosidade não sei qual seria a resposta do expertise de última geração novíssima “IA”, inteligência artificial, para nos ajudar na consolidação do modelo definitivo tão necessário, que finalmente merecia crédito para nos salvar de tantos multisseculares problemas. 

Outrossim, algumas vezes parece que estamos mais interessados, evoluindo para o convívio, tolerância e normalização das dificuldades, com novos e antigos problemas, do que com o esforço para superá-los, talvez tenhamos jogado a toalha achando que é isso mesmo, pra que mudar se já nos acostumamos com o “padrão Brasil”?

Polícia que pratica a morte, mais do que a tentativa para evitá-la, emendas secretas, secretíssimas, para ninguém saber a que se destinam e para onde vai, incêndios, como forma de abrir caminho para o crescimento agrícola, povos originários mais para o carnaval da Marques do Sapucaí do que sua civilizada e sagrada preservação, a expansão criminosa da baixada fluminense, a abissal desigualdade entre o Nordeste morrendo de fome e sede em pleno século vinte e um e o Sudeste fazendo de conta que já está no primeiro mundo, jogando detidos em averiguação da ponte embaixo, e tantas outras barbaridades, praticadas por Ali Babás e suas poderosas quadrilhas, no “padrão Brasil” tem de sobra pra todos os gostos do que não fazer, com os ditos mais sérios e intolerantes buscando novas cidadanias para mais cedo ou mais tarde tentarem ir embora de vez, por vontade própria ou mesmo tentando escapar, dos ilícitos triste realidade que precisa mudar.

A chegada do ano da graça de 2025 renova a esperança por mudanças, utópica pretensão para os que já não acreditam que seja possível, com receio de que o esperado e tão distante 2026 não mude nada de nadinha, talvez quem sabe até para pior, mas não custa nada tentar, apenas com o restinho da paciência, da tolerância, ou melhor, da resiliência, de todos nós vitimas da ilusão Brasil, o país do eterno amanhã. 

Sem perder a esperança, a despeito de tudo, Feliz Ano Novo a todos e todas como manda a nova regra.

Viva o Brasil!


Consultor empresarial. ([email protected])

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