Fomos jogados da ponte
Seja dando tiros perdidos, ou até mesmo no pé, ou jogando da ponte embaixo, não tem jeito, o instinto de escorpião está sempre presente, comprometendo a tênue capa de civilidade, evidenciando que “pau que nasce torto morre torto”.
Os humanistas de fachada mais cedo ou mais tarde sempre se revelam, mostrando sua verdadeira índole, desumana, aética, antidemocrática, indisfarçáveis estrategistas de oportunidade liderando hordas de incautos sedentos de poder.
Perplexos com o que temos assistido, captado em imagem e som pelas câmeras, registrando a indiferença de certas autoridades recentemente constituídas, comandando a banalização da insegurança máxima, partindo daqueles credenciados para a defesa da sociedade, temos o sentimento coletivo de que fomos todos jogados da ponte, mas morremos mesmo foi de vergonha, da chamada “vergonha alheia”, pelos diuturnos atos praticados de Norte a Sul do país, com o Cristo Redentor no Sudeste levantando os braços rendido, e o Padre Cícero no Nordeste orando por salvação, para sua multidão de devotos incrédulos, com o que têm assistido.
Aos absurdamente irresponsáveis, professores dos crimes, orgulhosos arremessadores de gente de ponte, sufocando com gás em carros vedados, esmurrando mulheres e outras atrocidades, desistam de chegar ao trono do poder, se exercitando para adotar a pena de morte em escala nacional, gestando na agremiação da bala verdadeiro terrorismo de Estado, seu lugar não é aqui, talvez quem sabe em outras paragens do lado demoníaco e obscuro do planeta.
Que decepção, ainda bem que se revelaram precocemente, a tempo de serem expurgados das alternativas ao nosso porvir, comprometendo a esperança por dias melhores no eterno país do futuro, que tarda em chegar civilizada e pacificamente.
Seguimos sobressaltados, na expectativa do próximo episódio de truculência oficial fardada, de autoria ostensivamente identificável, certamente cumprindo orientação superior, que ao contrário de nos oferecerem segurança elementar, nos assustam, quando se posicionam com pretensões mais ousadas na escalada ao delírio do poder supremo da Nação.
Isto posto, restou tarde demais para desculpas, manifestações de equívoco grave, risco que não podemos correr, lembrando que fomos todos jogados da ponte como pacote de lixo, antes mesmo de eventual condenação por crimes que desconhecemos.
Sendo assim, é prudente darmos continuidade à seleção de candidatos, escondidos na multidão, com mais cautela e prudência, já estamos complicados demais para erramos mais uma vez, já basta!
* Consultor empresarial ([email protected]).
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