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OPINIÃO

Janeiro Branco: um chamado à reflexão sobre a saúde mental no Brasil

No cenário brasileiro, o primeiro mês do ano vai além das festividades de Réveillon. Janeiro se torna um período de introspecção coletiva, uma oportunidade para ponderar sobre nossa história, propósito de vida e, crucialmente, sobre a saúde mental. É nesse contexto que o País abraça o "Janeiro Branco".

Infelizmente, o Brasil lidera o ranking de ansiedade e depressão na América Latina, afetando quase 19 milhões de indivíduos. Uma estatística alarmante que reflete a complexidade dos desafios enfrentados pelas mentes brasileiras.

Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 10% da população global, o equivalente a 720 milhões de pessoas, enfrenta transtornos mentais. Dentro desse cenário, o Brasil destaca-se negativamente, evidenciando a urgência de abordagens eficazes para promover o bem-estar mental.

A OMS define saúde mental como o estado em que uma pessoa consegue desempenhar suas habilidades, enfrentar desafios, trabalhar produtivamente e contribuir para a comunidade. O indivíduo mentalmente saudável compreende a imperfeição humana, navegando pelas diversas emoções que a vida real proporciona: alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva e frustração.

Esse equilíbrio emocional permite enfrentar os desafios diários com resiliência, reconhecendo a importância de buscar ajuda diante de conflitos, perturbações, traumas ou transições significativas.

A depressão, um dos transtornos mentais mais prevalentes no mundo, é considerada pela OMS como o "Mal do Século". Essa condição afetiva mergulha o indivíduo em uma profunda tristeza, acompanhada por falta de apetite, ânimo reduzido e perda de interesse generalizado. O pessimismo e a baixa autoestima se entrelaçam, formando um quadro patológico que requer atenção médica.

O Ministério da Saúde destaca a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para enfrentar a depressão. Medicamentos, psicoterapia e a combinação desses métodos são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), reforçando a necessidade de buscar ajuda especializada.

Em um País onde o Janeiro Branco não é apenas uma campanha, mas um apelo para transformar as mentes e cuidar da saúde mental, o acompanhamento médico torna-se imprescindível. Diagnosticar, tratar e acompanhar a jornada do paciente são passos cruciais para obter resultados positivos e minimizar os impactos dessa realidade desafiadora.
 

*Psicóloga do Centro Pernambucano de Psicologia Aplicada (CEPPA)

- Os artigos publicados nesta seção não refletem necessariamente a opinião do jornal. Os textos para este espaço devem ser enviados para o e-mail [email protected] e passam por uma curadoria para possível publicação.

 

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