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João e Eduardo, tal filho, tal pai 

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Eleições produzem fenômenos e ondas. Eduardo Campos foi um fenômeno que se consolidou nesta Capitania da Nova Lusitânia e irradiou sua liderança em todos os quadrantes. João tem o DNA ousado e gastador do pai. É jovem, competente e trabalhador. Mas, transporta um contrapeso: o vice dele, amigo de jornadas juvenis estudantis, é um militante da seita comunista do B. Em sendo João eleito e depois saindo da PCR para disputar o Governo do Estado, o menino ortodoxo da caterva vermelha irá assumir a cátedra da Prefeitura. A seita do B não tem voto, mas tem lobby. 

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Comunistas do B são animais políticos de cabeça feita e não abrem nem para os mísseis das Forças de Defesa de Israel. Ainda hoje defendem as ditaduras da Venezuela, Cuba e Nicarágua.

São simpatizantes in pectore do Hamas e do Hezbollah. Alguém poderá dizer que essa ladainha é antiga, vem dos tempos da Guerra Fria. Eu desafio qualquer macho, fêmea, transgênero ou LGBTQIA+ a provar que estou mentindo.

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Apagaram o candeeiro, derramaram o gás. O tocador de fole esqueceu a proverbial sentença de que a ilusão eleitoral é pior do que a ilusão do amor. Sua ausência irá preencher uma grande lacuna. 

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Mesmo havendo o sermão de que a vida é um fator local, o Brazil está de olho em São Paulo. O aventureiro Marçal é a nova versão, menos criativa, de Jânio Quadros. O bicho é ousado. A noviça rebelde, a batatinha Tábata Amaral, é muito verde para ser maquinista daquela locomotiva. Ela é verde com uma demão infravermelha. Zeus nos livre daquele comedor de bolos, uma eclosão da serpente comunista, profissional da vagabundagem ideológica.

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A cadeirada do locutor saiu pela culatra. Se o cara tivesse ao menos desmaiado ou sofrido traumatismo craniano para sair de maca do auditório, poderia conquistar muitos votos. Seria consagrado como herói da resistência democrática e renderia muito ibope para a emissora. Mas, a cadeira não era de madeira de lei que cupim não rói, diz a canção de Capiba, era de uma madeira tipo mulungu ou aglomerado. O prefeito Ricardo Nunes é a mesmice consagrada. Alea jacta est, como dizem os intelectuais, a jaca está lançada, ou, a sorte está lançada.

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Eleições agora, c’est fini. A partir de janeiro, tudo muda para continuar como antes, na expressão do pensador italiano Tomasi de Lampedusa. No final do ano haverá a farra dos Réveillons. Os prefeitos irão contratar artistas cafuçus com cachês exorbitantes para raspar os cofres municipais. Dirão que a mundiça delirou, delirou.

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Os ex-prefeitos irão passear em Paris e New York para recuperar as energias, exaustos de tanto trabalhar pelo povo. Os novos prefeitos, se adversários, dirão que encontraram os municípios falidos. Todos os funcionário comissionados da administração anterior serão demitidos em nome da moralidade administrativa e os novos prefeitos irão contratar o dobro de cabos eleitorais e parentes de suas corriolas.

Periodista, escritor e quase poeta.

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