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Maduro demais para ser verdade!

Aos 19 de Dezembro de 1916 nascia Manoel Wenceslau Leite de Barros, poeta brasileiro pertencente formalmente ao pós-modernismo brasileiro. Manuel de Barros em sua célebre afirmação poética, baseada no livro dos Genesis Gn 49.33 sobre o ciclo natural da vida, ponteia que “a gente nasce, cresce, amadurece, envelhece e morre”. E ainda mais assertivo, foi além: “para não morrer tem que amarrar o tempo no poste”. Assim como o ser humano, os frutos e os animais também seguem o mesmo ciclo divino quando nascem, amadurecem, apodrecem e morrem.

Metáforas à parte, eis que há um ser humano em destaque que carrega em seu próprio sobrenome uma das importantes etapas do ciclo divino: “Maduro”. Por sobre o tirano Nicolás Maduro Guerra, que certamente de Maduro só tem o nome, paira a dúvida sobre se, neste ciclo, ele já se encontra entre o apodrecimento ou a caminho da sua própria morte, assim como foram os destinos de tiranos igualmente em comum como Saddam Husseim, Muammar Kadafi, Slobodan Milosevic, Osama Bin Laden e tantos outros ditadores africanos, a exemplo de Paul Biya (Camarões), Teodoro MBasogo (Guiné Equatorial) e asiáticos a exemplo de Pol Pot, líder do partido comunista do Camboja, conhecido como Khemer Vermelho, responsável pelo genocídio de pelo menos 1,5 milhões de pessoas em apenas quatro anos e que atacou seu país vizinho o Vietnam, onde tive a oportunidade de viver por dois anos e meio como piloto de uma companhia aérea.

Pol Pot foi rechaçado por seu país comunista. Aqui não posso deixar de citar os sanguinários ditadores árabes, europeus e latino americanos, destacadamente a figura patética de Fidel Castro, com seu fiel aliado - o mambembe Chez Guevara, um dos maiores líderes revolucionários da América do Sul, idolatrado por uma legião de brasileiros, verdadeiros rebeldes sem causa.

Todos esses ditadores de esquerda são marcados pela mesma linha de atuação: a instalação do regime comunista, assassinato em massa de seus adversários, perseguição política, corrupção em todos os setores de seus governos, empobrecimento do seu povo, eleições fraudulentas, enriquecimento ilícito e tantas outras atrocidades.

Ainda parafraseando o célebre poeta brasileiro, Nicolas Maduro terá que realmente amarrar o seu tempo a um poste, pois certamente logo em breve será esquecido por seu próprio povo venezuelano, que padece aos pés deste projeto de ditador. Um país belíssimo, cheio de grandes riquezas naturais, haja vista as suas enormes reservas de gás e petróleo, além dos destinos turísticos paradisíacos como o arquipélago de Los Roques.

Aquele mequetrefe, sórdido, espurco, putrefato, doente, deteriorado, insano, inculto, apedeuta em ambos os sentidos, inescrupuloso, conclama sua vitória forjada nas últimas eleições venezuelanas sob o forte aplauso de quem? Ninguém menos que o Sr. Vladimir Putin! Sinceramente, sem comentários. O que podemos esperar desta relação? E as coisas não ficam apenas por aí! Assim como os ditadores acima mencionados, Maduro determina ordens de prisão em segurança máxima a seus oponentes (hoje já são mais de 2000 enjaulados), além de torturar opositores. Tudo isso sem contar com os que já foram assassinados.

A Venezuela já sofre há anos de um mal chamado comunismo, desde seu antecessor o também inescrupuloso, asqueroso e hediondo Hugo Chaves.

Em nós, brasileiros, fica o temor pela relação de amizade de caráter duvidoso entre nosso atual presidente e o Nicolas Maduro, considerando os escândalos de corrupção como o financiamento pelo BNDES de obras superfaturadas, envolvendo empreiteiras brasileiras naquele país, estas mesmas que culminaram na prisão do presidente Lula.

Este mesmo que, até então, não se posiciona verbalmente perante esta duvidosa reeleição entre o Brasil e um país de fronteira nada bendita, que assume embaixadas de países sul americanos, e ainda por cima envia o chanceler Celso Amorim a Caracas, tentando desta forma se esquivar e preservar sua própria imagem perante o mundo.

O estrago já está feito, lamento apenas pelo falecimento do nosso eterno poeta Manuel de Barros que, em sua poesia entre o amadurecimento, apodrecimento e morte, me ponho a questionar onde nosso líder brasileiro se encontra. Haja poste para amarrar esse tempo!


* Economista, pós-graduado pela FGV, piloto de aeronaves Airbus e LearJet, colaborador da Folha de Pernambuco ([email protected])

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