O amanhã
Seja como inspiração para poetas, escritores, videntes, astrólogos e afins, o dia seguinte, “day after” em inglês, pode ser parte de alerta, de esperança, ou até para ganhar tempo, “quem sabe, talvez amanhã!”.
Aos imediatistas “hoje, não amanhã, amanhã pode ser muito tarde, já era!”, mas como a
esperança é a última que morre, é prudente, sempre que possível ter paciência, nada como um dia atrás do outro, sendo assim, vamos aguardar para ver como é que fica.
Amanhã pode ser o dia que vem depois do hoje, qualquer dia do futuro, e até mesmo o próprio futuro.
Dependendo do contexto, da ênfase ou da entonação, o amanhã pode estar muito perto ou
muito longe, as vezes tão distante, que talvez seja inatingível, o incompreensível infinito sob o prisma da distância, acho que pode caber no conceito do amanhã, coisa só alcançável pelas naves espaciais do estratosférico Elon Musk, com o concurso dos seus “great friends”.
Na dúvida entre o duvidoso e perigoso amanhã, talvez sem prejuízo da cautela e da prevenção extrema como precaução ao que está por vir, com expectativa de guerras, confusões, tsunamis, tempestades e o mundo pegando fogo ou afogado literalmente, acho que é melhor apostarmos no hoje pois o amanhã pode ser pior ainda ou talvez tarde demais.
O ontem distante, no tempo, ou o ontem de noutro dia, conhecido como anteontem, não
bastaram para se tirar lições para o hoje, e pelo visto certamente também não para um amanhã sonhado, seguro, justo e pacifico, pura utopia, ilusão, pois o que o mundo de ontem e de hoje prefere é o mundo bárbaro, mortal, odiando uns aos outros, apostando exclusivamente no cifrão de uso próprio, quanto mais melhor, insaciável, o resto que se dane, sob a égide do famoso “quero, posso e mando” e priu! Não brinque não pois lhe compro, e se não quiser me vender ou me presentear lhe destruo e lhe tomo tudo sem dó nem piedade, essa é a realidade do agora e certamente do daqui há pouco.
O noticiário na mídia escrita, falada ou televisiva, desperta nossa curiosidade, tanto de
natureza climática, para saber se sofreremos, secas, enchentes, tufões, furacões, tsunamis e outras tragédias, bem como o noticiário político, recheados de tentativas de golpes, assassinatos, invasões, guerras de todos os modelos e por pura ironia para não falar coisa pior, o pecado de usar o Supremo nome em vão, como se fossem devotos desde criancinhas, patéticos, teatrais, fingidos, de gente praticando diuturnamente pecados mortais.
Sendo assim, como só Deus sabe, vamos rezar por dias melhores, tempos melhores, do que o ontem e o hoje, como a esperança é a ultima que morre, até amanhã!
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*Consultor empresarial ([email protected])
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