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OPINIÃO

O que esperamos de 2025?

A virada do ano de 2024 para 2025 traz consigo o habitual misto de reflexões, promessas e esperanças. Mais do que uma simples troca de calendário, este marco temporal nos convida a olhar para o futuro com a responsabilidade de tornar o próximo ano melhor. Porém, a transição de um ano para outro não tem poder mágico de transformar realidades: são as ações individuais e coletivas que moldam os rumos do mundo.

Em 2025, há expectativas concretas sobre o cenário global. Eventos como a Conferência do Clima da ONU (COP30) no Brasil, marcada para o segundo semestre, prometem discussões decisivas sobre o futuro do meio ambiente. Este será um momento em que o Brasil, como anfitrião, terá a oportunidade de assumir protagonismo no combate às mudanças climáticas.

No entanto, tais compromissos só se traduzirão em resultados reais se forem acompanhados de políticas públicas eficazes e ações práticas que envolvam governos, empresas e cidadãos.
No campo político e econômico, a estabilidade continua sendo uma meta fundamental. Para o Brasil, 2025 pode representar a consolidação de políticas voltadas para o crescimento sustentável, redução das desigualdades sociais e fortalecimento das instituições democráticas. Com a recuperação econômica global ainda instável, espera-se que o país consiga avançar em reformas que favoreçam o emprego e a geração de renda, promovendo justiça social.

Internacionalmente, a busca pela paz será, mais uma vez, uma pauta urgente. Os conflitos armados que marcaram 2024, como a guerra na Ucrânia e as tensões no Oriente Médio, precisam de resoluções que priorizem o diálogo e a cooperação. A humanidade já testemunhou os custos devastadores da violência e da intolerância, e o ano de 2025 deve ser um momento para reafirmar o compromisso global com a paz.

Embora o mundo não possa ser transformado de um dia para o outro, o início de um novo ano oferece a oportunidade de renovar os esforços em direção a objetivos comuns. É hora de ir além das expectativas depositadas em líderes e instituições, e cada cidadão deve se perguntar: o que posso fazer, em meu círculo de influência, para tornar o mundo um lugar mais justo e pacífico?

No campo da ciência e tecnologia, 2025 também traz esperanças promissoras. A expansão das tecnologias de inteligência artificial, como os avanços em saúde, educação e sustentabilidade, já está redesenhando o cotidiano. Contudo, o uso ético dessas inovações será um desafio central, para que o progresso não amplie desigualdades, mas beneficie a todos.

Além disso, eventos esportivos como as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 e a preparação para as Olimpíadas de Paris reforçam o poder do esporte como um fator de união entre povos. Estes momentos celebram a diversidade e nos lembram de que o mundo pode, sim, vibrar junto por conquistas coletivas.

No entanto, mais do que previsões e planos, 2025 precisa ser o ano em que os valores fundamentais da humanidade sejam reafirmados: empatia, solidariedade e respeito pela dignidade humana. Apenas quando esses princípios se tornarem práticas reais é que as transformações esperadas poderão, de fato, acontecer.

Para o Brasil e o mundo, a virada para 2025 não deve ser apenas um momento de celebração. É um convite a abandonar a passividade e assumir um papel ativo na construção de um futuro mais equitativo e pacífico. Não se trata apenas de esperar que “o ano seja bom”, mas de fazer do ano um marco de realizações concretas e significativas.

Que 2025 seja, enfim, um período em que as esperanças se transformem em realidade por meio de atitudes concretas e decisões conscientes. Que os brasileiros e os cidadãos de todos os cantos do mundo não apenas sonhem, mas realizem suas expectativas e aspirações. Afinal, a verdadeira virada não está no calendário, mas nas ações e no comprometimento de cada um de nós.


* Articulista, filósofo, pedagogo e teólogo ([email protected]).

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