Silvio Santos vem aí!
Nesses tempos de gabinetes do ódio, da raiva, absurdos e descabidos antagonismos de esquerda e de direita, e outras terríveis mazelas do cenário nacional, o país perde o arauto da alegria Silvio Santos, que partiu, mas não foi embora, ficou através de seu legado de alegria perene, que talvez seja o que tem feito falta, a constatação de que o Brasil está perdendo seu mais rico e importante ativo, a alegria, até mesmo no faz de conta, na utopia, de que vai melhorar, que brevemente voltaremos a sorrir, apostando que a esperança é a última que morre.
A consternação com a perda de Silvio Santos aos noventa e três anos, revelou quanto era querido, em todas as camadas da sociedade, principalmente na base mais carente, contemplada aos domingos durante sessenta anos com o bálsamo da alegria, do sorriso, antídoto contra o sofrimento e tristeza que teimam em permanecer por aqui.
Os palanques que estão sendo armados em todo país para mais uma rodada eleitoral, certamente serão palco para exibição de falsas promessas e mentiras deslavadas do tipo, vou fazer isso e aquilo, na tentativa de arrancar aplausos da plateia de inocentes úteis, buchas de canhão manipuladas a base das emendas e remendas secretas, secretíssimas que emanam de Brasília.
No Brasil dos saudosos, Chacrinha, Chico Anísio, Jô Soares e do grande, o imenso Silvio Santos, talvez melhor do que “comprar” o voto do pobre e maltrapilho eleitor, seja pelo menos agraciá-lo com um sorriso, de achar graça mesmo, pois muito melhor do que contar mentiras, seja contar piadas, provocar ainda que por momentos uma manifestação de descontração e alegria.
Os cretinos dos palanques, prestidigitadores de multidões precisam aprender a olhar mais pra fora do que pra dentro, pois o lado de fora está morrendo de medo, de doenças, de fome, de chuva, sol e vento, por não ter onde morar, mas principalmente de vergonha, percebendo que são vitimas de um faz de conta, situação que pode descambar para perigosas revoltas que precisam ser evitadas a todo custo.
Por falar em lado de fora, percebemos geograficamente que o fenômeno é global, com a perversidade e indiferença desumana pontificando em todos os quadrantes do planeta, torcendo para que o largo sorriso da candidata americana Kamala Harris, possa significar uma luz no fim do túnel e não a ameaçadora expressão de fim do mundo do seu rival.
O há, há, há das gargalhadas, para uso próprio ou de terceiros, certamente é remédio melhor do que o pou, pou, pou, das rajadas de metralhadoras dos imbecis, líderes de si mesmos, precisamos com urgência de novos Silvio Santos, que não é santo, mas tem o Santos no plural, pois vale por muitos, nesse Brasil tão carente da mágica alegria, coadjuvante inseparável da irmã felicidade.
* Consultor empresarial ([email protected]).
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