opinião

Todos os pobres serão ricos, todos os ricos serão pobres

MONTANHAS DA JAQUEIRA –   Alô-alô socialistas, comunistas,  globalistas, a caterva vermelha em geral, imperialistas, capitalistas, juristas, dentistas, periodistas, farristas, gregos e troianos: desarmem-se! Atento às baixarias nas redes sociais e antissociais, venho propor um debate politico em alto nível entre os candidatos e anticandidatos. O debate terá a mediação de humanoide, um robô quase gente, com memória de elefante.


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Será proibido o porte de armas de fogo, fuzis. Metralhadoras, facas-peixeiras, facões, foices, estrovengas, granadas, coquetéis molotoves. Os portadores de tornozeleiras eletrônicas e egressos do sistema penitenciário ficarão sob escolta policial.


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Os debatedores irão se apresentar desarmados até os dentes, inclusive as línguas, sem venenos ofídicos. Pela ordem do sorteio, o candidato da caterva vermelha irá apresentar a primeira proposta filosófica, com base no marxismo-semente, ou marxismo-raiz. Eis a proposta revolucionária: todos os pobres serão ricos, todos os ricos serão pobres.  A mundiça da seita vermelha delirou, delirou.


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Haverá a expropriação de todos os bens dos ricos para doar aos pobres e inimigos do trabalho. Indústrias, supermercados, fazendas da agroindústria e da agropecuária, iates, aviões, resortes, ações da Bovespa, fundos de capital, todas as riquezas ficarão nas mãos dos ex-pobres. Os ricos e milionários herdarão casebres, mocambos, palafitas, dívidas no crediário e nome sujo na Serasa. Se algum rico protestar será condenado por manifestação antidemocrática e banido para cumprir prisão perpétua na Venezuela. O ditador  Maduro vai adorar.


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O Partido Verde propõe: todas as mulheres feias do BR serão bonitas, todas as mulheres bonitas serão solteiras. Quando todos os pobres ficarem ricos e todos os ricos ficarem pobres, o Karl Marx digital irá ressuscitar em meio às nuvens de silício para implementar o “Assalto aos céus”, preconizado pela Comuna de Paris em 1871. Desta vez serão vingadas as mortes de dezenas de “communards”, as milhares de prisões e deportações de revolucionários socialistas e anarquistas.


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Naquela época Karl Marx era um senhor revolucionário de 53 anos, alérgico ao trabalho, depois de ter lançado em 1848 o Manifesto Comunista junto com seu pareceiro Friedrich Engels. Marx vivia às custas da mulher e Engels às custas da família capitalista. O ovo da serpente comunista começava a eclodir na Europa. Assim como o comedor de bolos hoje em São Paulo entra em pânico diante de uma carteira de trabalho, Marx amaldiçoava os reacionários burgueses ao ouvir a palavra emprego. Era um encantador de serpentes.


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Dona Jenny Marx foi uma Amélia. Dava um duro danado trabalhando para o marido na cozinha e lavando as roupas fedorentas dele. A pobrezinha morreu aos 67 anos de câncer na Inglaterra. Marx morreu invicto, aos 65 anos, também na Inglaterra, sem nunca ter perfurado uma barra de sabão com prego.    


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O Manifesto Comunista abriu a Caixa de Pandora das crueldades humanas – tiranias, misérias, opressão, totalitarismo, terrorismo, fanatismo, cegueira ideológica. Esta foi a elucubração mental mais infame da humanidade. Ainda hoje faz a cabeça de intelectuais delirantes. 

* Periodista, escritor e quase poeta.

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