Oposição bielorrussa busca apoio tecnológico dos EUA
Svetlana Tikhanovskaya se reuniu com o chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, durante viagem a Washington
A principal opositora do regime de Belarus, Svetlana Tikhanovskaya, afirmou nesta sexta-feira (29) que os Estados Unidos consideram incrementar sua ajuda tecnológica na luta contra a repressão do presidente Alexander Lukashenko.
A opositora, que como observadores ocidentais afirma ter vencido as eleições presidenciais de 2020 contra Lukashenko, se reuniu com o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, bem como outros funcionários do alto escalão americano durante uma viagem a Washington.
"Me foi garantido um total apoio para o movimento democrático bielorrusso", declarou Tikhanovskaya a membros da associação de correspondentes do Departamento de Estado.
"Também conversamos sobre fornecer equipamentos e tecnologia a jornalistas e ativistas bielorrussos", acrescentou.
Segundo Tikhanovskaya, a conversa também abordou meios para contra-atacar a desinformação do regime, incluindo a divulgação de confissões forçadas.
Lukashenko é um dos principais apoiadores do regime de Vladimir Putin e sua invasão da Ucrânia.
Leia também
• ONU denuncia 'total impunidade' em Belarus para reprimir opositores
• União Europeia anuncia novas sanções à Rússia e a Belarus
• Ucrânia rejeita corredores humanitários para Belarus e Rússia propostos por Moscou
A opositora alegou ter compartilhado informações e evidências de tal apoio com autoridades americanas, bem como uma lista de empresas e países que ajudam o regime a evitar sanções impostas pelo Ocidente.
"Discutimos como melhorar a eficácia das sanções, fechar os buracos restantes, congelar os ativos de Lukashenko e bloquear o dinheiro que foi dado a ele pelo FMI", explicou.
A ativista e política saudou a resistência individual dos bielorrussos contra o uso de seu território na guerra na Ucrânia, afirmando que cerca de 80 ferrovias usadas para transportar equipamentos militares russos foram interrompidas.
Em um comunicado do Departamento de Estado, a secretária de Estado adjunta, Wendy Sherman, "enfatizou o apoio contínuo dos Estados Unidos às aspirações democráticas do povo bielorrusso".
Svetlana Tikhanovskaya, exilada na Lituânia, viajou para Washington para o funeral de Estado da ex-secretária de Estado Madeleine Albright.