Oposição busca candidatura única na Venezuela
Os partidos exigem, agora, negociações entre María Corina Machado e Manuel Rosales
Em uma corrida contra o tempo, a oposição venezuelana buscava nesta segunda-feira (15) caminhos para uma candidatura única contra o presidente do país, Nicolás Maduro, nas eleições de julho. O prazo para a substituição de candidatos nas cédulas eleitorais termina no próximo sábado.
Após a inabilitação de María Corina Machado, favorita nas pesquisas, a aliança opositora Plataforma Unitaria apresentou no último minuto um nome provisório, após o bloqueio de sua segunda opção, Corina Yoris.
Paralelamente, o governador do estado de Zulia, Manuel Rosales, rival do presidente falecido Hugo Chávez, postulou-se por conta própria por um dos partidos da aliança, o que foi considerado uma traição por alguns líderes.
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Os partidos exigem, agora, negociações entre María Corina Machado e Manuel Rosales para definir um candidato único. Uma guerra de comunicados toma conta das redes sociais.
“Essas questões de tramitação interna, quando levadas à opinião pública, em vez de transmitirem segurança, transmitem preocupação", criticou o secretário-geral da PUD, Omar Barboza, no canal NTN24. Já María Corina permaneceu em silêncio, enquanto o partido de Rosales disse ontem que o líder não recebeu nenhum convite formal.
María Corina Machado venceu no ano passado as primárias da coalizão opositora e recorreu ao Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) em um mecanismo acordado em negociações entre o governo e a oposição para rever as inabilitações, mas a sanção foi ratificada.
No mês passado, apelou a um prazo adicional para a substituição de candidaturas até 18 de julho, insistindo em Corina Yoris, mas, nesse caso, as mudanças não se refletiriam nas cédulas eleitorais, o que poderia confundir os eleitores.