VENEZUELA

Oposição venezuelana denuncia "perseguição judicial" contra rival de Maduro em presidenciais

O Ministério Público investiga González Urrutia por supostamente ter cometido "usurpação de funções"

Edmundo Gonzalez, opositor de Nicolas MaduroEdmundo Gonzalez, opositor de Nicolas Maduro - Foto: Yuri Cortez/AFP

A principal coalizão opositora da Venezuela denunciou, nesta terça-feira (27), "perseguição judicial" contra seu candidato nas presidenciais, Edmundo González Urrutia, que recebeu uma segunda intimação por uma investigação criminal após denunciar fraude nas eleições de 28 de julho.

"A Plataforma Unitária Democrática da Venezuela denuncia ante o país e o mundo a perseguição judicial à qual está submetida nosso candidato presidencial Edmundo González Urrutia, que ganhou de forma esmagadora a última eleição presidencial do último 28 de julho", indicou a coalizão em uma mensagem divulgada na rede social X.

"A reiterada convocação do Ministério Público busca justificar um mandato de execução contra nosso candidato vencedor, para acentuar sua perseguição", acrescentou a Plataforma formada por dez partidos opositores.

 

O Ministério Público investiga González Urrutia por supostamente ter cometido “usurpação de funções” e “falsificação de documento público”, crimes que, em teoria, podem acarretar a pena máxima de 30 anos de prisão.

González, de 74 anos, que está escondido há três semanas, foi intimado pela primeira vez na segunda-feira, mas considera que se trata de “uma intimação sem garantias de independência e devido processo”. No domingo, ele acusou o procurador-geral, Tarek William Saab, de ser um “acusador político”.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou o presidente esquerdista Nicolás Maduro vencedor das eleições com 52% dos votos, embora sem publicar os detalhes do resultado, que por sua vez foi validado pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).

A oposição, por sua vez, reivindica a vitória de González Urrutia e publicou na Internet cópias de mais de 80% dos registros de votação, que alega ter em seu poder.

Maduro chamou o líder da oposição de “covarde”, enquanto Saab o culpou, além de Machado, pela violência nos protestos pós-eleitorais que deixaram 27 mortos - dois deles militares -, quase 200 feridos e mais de 2.400 presos.

Machado convocou manifestações para a quarta-feira, 28 de agosto, um mês após as eleições presidenciais. O chavismo também anunciou manifestações de rua no mesmo dia.

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