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VENEZUELA

Opositor Rosales defende candidatura à Presidência venezuelana, mesmo sem apoio de Machado

Manuel, de 71 anos, inscreveu sua candidatura de última hora por seu partido Um Novo Tempo

O candidato eleitoral da oposição, Manuel Rosales, fala durante uma conferência de imprensa em Caracas, em 26 de março de 2024O candidato eleitoral da oposição, Manuel Rosales, fala durante uma conferência de imprensa em Caracas, em 26 de março de 2024 - Foto: Federico Parra/AFP

O opositor Manuel Rosales, adversário de Hugo Chávez em 2006, defendeu, nesta terça-feira (26), sua candidatura às eleições na Venezuela, às quais se apresentou de última hora e sem contar com o aval da líder da oposição María Corina Machado, que foi impedida de concorrer.

"Tive que tomar uma decisão que era abrir um espaço para os venezuelanos votarem, ou partimos para a abstenção e que [o presidente Nicolás] Maduro fique lá por mais seis anos sem fazer mais nada", disse Rosales em entrevista coletiva, suas primeiras declarações à imprensa após inscrever sua candidatura presidencial, passada a meia-noite.

Rosales, de 71 anos, inscreveu sua candidatura de última hora por seu partido Um Novo Tempo (UNT), depois que o acesso à plataforma automatizada para incluir candidatos foi bloqueado. A Plataforma Unitária Democrática (PUD) - que reúne os principais partidos opositores, incluído o UNT - jamais conseguiu ter acesso e não pôde inscrever Corina Yoris.

Yoris, uma acadêmica de 80 anos, tinha sido indicada por Machado para substitui-la diante de sua inabilitação política.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ainda não se pronunciou sobre o bloqueio denunciado pela PUD, que não disse até agora se apoiará Rosales.

María Corina Machado reiterou nesta terça-feira que sua candidata é a acadêmica Yoris e evitou se dirigir diretamente a Rosales.

"Minha palavra de reconhecimento a María Corina Machado, uma lutadora social que teve e percorreu um caminho difícil, e não apenas a ela, à sua equipe de trabalho [...] minhas palavras de apreço, de muito respeito à doutora Corina Yoris", indicou Rosales, que não descartou seguir as diretrizes da aliança.

"Se a plataforma pedir, acordar, decidir qualquer coisa, eu estou na plataforma e dela não me mexo nem um milímetro", sustentou.

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