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TRUMP

Opositor venezuelano González Urrutia é convidado para posse de Trump

Ex-diplomata é considerado 'presidente eleito' da Venezuela após o não-reconhecimento da reeleição de Nicolás Maduro

Edmundo Gonzalez Urrutia, líder da oposição venezuelanaEdmundo Gonzalez Urrutia, líder da oposição venezuelana - Foto: Ezequiel Becerra/ AFP

Edmundo González Urrutia, considerado pelos Estados Unidos como "presidente eleito" da Venezuela após o não-reconhecimento da reeleição de Nicolás Maduro, participará da posse de Donald Trump em Washington, no dia 20 de janeiro, informou nesta quinta-feira (16) a equipe do opositor.

González Urrutia retorna à capital americana duas semanas após visitar a Casa Branca para uma reunião com o presidente em final de mandato, Joe Biden, representantes do Congresso e membros da futura administração.

Os Estados Unidos, afirma um comunicado, "como um grande aliado da causa democrática venezuelana, convidaram o legítimo presidente da Venezuela, Edmundo González Urrutia", que "confirmou sua presença".

No fim de semana, ele viajará para Washington, onde "espera se reunir com outros membros da nova administração" do presidente eleito Trump.

González Urrutia, que recebeu asilo na Espanha, está na Costa Rica como parte de uma turnê internacional que o levou à Argentina, Uruguai, Panamá, República Dominicana e Guatemala, além dos Estados Unidos.

Maduro tomou posse na semana passada para um terceiro mandato consecutivo de seis anos (2025-2031), após ser declarado reeleito nas eleições presidenciais de 28 de julho, que González Urrutia afirma ter vencido.

A oposição publicou cópias das atas das máquinas de votação, alegando que comprovam sua vitória com mais de 70% dos votos. O Conselho Nacional Eleitoral, acusado de ser aliado de Maduro, ainda não publicou o resultado detalhado, como exige a lei.

Tanto Biden quanto Trump se referiram a González Urrutia como "presidente eleito".

Plano improvável
Embora o líder tenha prometido retornar ao seu país e assumir o poder, analistas consideram o plano improvável por enquanto.

Os Estados Unidos, que não mantêm relações diplomáticas com a Venezuela desde 2019, classificaram como "farsa" o novo mandato de Maduro, por quem agora oferecem uma recompensa de US$ 25 milhões por informações que levem à sua captura.

O secretário de Estado de Biden, Antony Blinken, declarou que Maduro não tinha "direito de reivindicar a presidência", enquanto seu sucessor, Marco Rubio, afirmou que a Venezuela "é governada por uma organização de narcotráfico".

Rubio também adiantou que o modelo de licenças petrolíferas adotado pelo governo Biden será "reavaliado", em meio a um embargo vigente desde 2019, durante o primeiro mandato de Trump.

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