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CRISE NA VENEZUELA

Opositora venezuelana Machado agradece aos países europeus por solicitarem a publicação dos registos

Maduro foi ratificado na sexta-feira pela autoridade eleitoral como presidente reeleito com 52% dos votos nas eleições realizadas em 28 de julho, contra 43% de González Urrutia

María Corina MachadoMaría Corina Machado - Foto: Juan Barreto/AFP

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, agradeceu, neste domingo (4), à Alemanha, Espanha, França, Itália, Países Baixos, Polônia e Portugal pelo seu “compromisso com a democracia” após o pedido de publicação da ata das eleições presidenciais na Venezuela.

No sábado, em um comunicado publicado pelo governo italiano, estes sete países da União Europeia manifestaram “forte preocupação” com a situação na Venezuela, onde a oposição denuncia fraude na reeleição do Presidente de esquerda Nicolás Maduro e reivindica a vitória do seu candidato Edmundo González Urrutia.

“Em nome dos venezuelanos, agradeço esta importante declaração (...), reafirmando o seu compromisso com a democracia”, publicou Machado na rede social X.

Maduro foi ratificado na sexta-feira pela autoridade eleitoral, com linha oficial, como presidente reeleito com 52% dos votos nas eleições realizadas em 28 de julho, contra 43% de González Urrutia.

A oposição, porém, publicou ata em um site que daria a González 67% dos votos. O governo chavista descarta a validade dos documentos, enquanto o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ainda não publicou resultados detalhados, alegando que o seu sistema foi hackeado.

“Apoiamos a exigência de que as atas que apresentamos sejam verificadas o mais rapidamente possível, a nível internacional e independente”, afirmou Machado.

“Da mesma forma, apreciamos o apelo ao fim da perseguição e repressão que nas últimas horas foi cruelmente exercida contra pessoas inocentes que apenas exigem que seja respeitada a soberania popular que exerceram no domingo passado”, acrescentou.

Onze civis morreram e mais de 2.000 foram presos em meio aos protestos que eclodiram na segunda-feira em rejeição à proclamação de Maduro.

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