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Orbán e Le Pen unem forças em novo bloqueio da extrema direita no Parlamento Europeu

Nas legislativas realizadas no domingo na França, os franceses relegaram o Reagrupamento Nacional ao terceiro lugar

A líder do partido de extrema direita francês Rassemblement National (RN), Marine Le PenA líder do partido de extrema direita francês Rassemblement National (RN), Marine Le Pen - Foto: Dimitar Dilkoff / AFP

A nova aliança de extrema direita promovida pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, "Patriotas pela Europa", foi lançada oficialmente nesta segunda-feira (8) como um bloco político no Parlamento Europeu, com possibilidade de se tornar a terceira maior bancada.

O bloco deve reunir cerca de 30 parlamentares do francês Reagrupamento Nacional, representantes do húngaro Fidesz, do português Basta e do espanhol Vox, além do Partido pela Liberdade, dos Países Baixos (PVV).

Zoltan Kovacs, porta-voz de Orbán, afirmou na rede X que o "Patriotas pela Europa continua crescendo, com a união do Reagrupamento Nacional de Marine Le Pen".

Jordan Bardella, dirigente do Reagrupamento Nacional e eurodeputado eleito, disse no domingo que "a partir de segunda-feira, no Parlamento Europeu, nossos deputados desempenharão seu papel em um grupo forte que terá efeitos no equilíbrio de poder".

Nas legislativas realizadas no domingo na França, os franceses relegaram o Reagrupamento Nacional ao terceiro lugar.

Antes das eleições europeias de junho, a extrema direita estava dividida em dois blocos no Parlamento Europeu, os Conservadores e Reformistas (ECR) e o Identidade e Democracia (ID).

No entanto, os fortes resultados obtidos pela extrema direita nessas eleições convenceram Orbán a lançar um bloco que superasse a divisão.

Uma vez distribuídos politicamente os novos eurodeputados, o Patriotas tem a possibilidade de se tornar a terceira maior força no Parlamento Europeu, atrás do Partido Popular Europeu (PPE, à direita) e dos Socialistas e Democratas(S&D).

Imediatamente após as eleições, o grupo Renovar Europa (Renew, liberais e centristas) foi a terceira maior força, mas essa posição está agora claramente ameaçada pelo novo grupo de extrema direita. Além disso, fortalece Orbán como interlocutor e representante mais importante da extrema direita no bloco.

Após as eleições de junho, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, tentou emergir como principal nome da extrema direita, alinhando-se ao bloco ECR, logo atrás de sua liderança, mas essa força parece agora inclinar-se a favor de Orbán e seu novo grupo.

No entanto, os deputados do Reagrupamento Nacional tornariam-se a espinha dorsal desse novo bloco, deixando sua líder, Le Pen, em primeiro plano.

Com este novo grupo, Orbán deseja ter voz para se expressar contra a "imigração ilegal" e a favor da "família tradicional".

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