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Agreste

Suspeitos de desvio de dinheiro público são alvos de operação em Caruaru; vereadora é presa

Dois mandados de prisão, 14 de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens e bloqueio judicial de ativos financeiros estão sendo cumpridos

As investigações foram iniciadas em março de 2022As investigações foram iniciadas em março de 2022 - Foto: Divulgação/PCPE

Uma organização criminosa suspeita de peculato é alvo da operação "Primus", deflagrada na manhã desta quarta-feira (1º), em Caruaru, no Agreste. 

Dois mandados de prisão foram cumpridos, sendo um deles contra uma vereadora do município, de nome não divulgado. Além disso, outros 14 mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens e bloqueio judicial de ativos financeiros também foram cumpridos. 

Segundo a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), as investigações foram iniciadas em março de 2022 e assessoradas pela Diretoria de Inteligência e pelo Laboratório de Lavagem de Dinheiro.

Os policiais identificaram que, no mês de junho de 2021, uma vereadora nomeou como sua assessora uma mulher que residia no município de São Bento, na Paraíba, que fica cerca de 400 quilômetros de distância de Caruaru.

"Na época, um popular chegou a postar em suas redes sociais a suspeita de que estaria ocorrendo um caso de funcionário fantasma e esquema de rachadinha no gabinete da vereadora. No mês de setembro de 2021, a mulher foi exonerada e, em seu lugar, foi nomeado um homem, que permaneceu no cargo até o mês de janeiro de 2022, quando foi substituído por um outro homem, que é filho da primeira denunciada", informou a PCPE.

A investigação apontou que a vereadora teve uma elevação de movimentação bancária acentuada entre o ano de 2020 e de 2021, movimentando mais de R$ 800 mil em suas contas pessoais somente em 2021.

O valor é sete vezes maior que no ano anterior, quando ela ainda não era parlamentar do município. A ação foi caracterizada pela polícia como "rachadinha” no gabinete, sendo a vereadora a principal autora do crime junto com um assessor, com a utilização de dois “funcionários fantasmas”.

A operação contou com o apoio da Diretoria de Operações Estratégicas da Secretaria da Fazenda do Estado. Cem policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães participam da ação desta manhã.

As investigações estão sob responsabilidade do delegado Jeová Miguel, titular da 3ª Delegacia de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (3ª Deccor). 

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