Direitos Humanos

Organização que explorava sexualmente mulheres colombianas é desmantelada na Espanha

Mulheres eram obrigadas a fazer pagamentos mensais à organização

Responsáveis se aproveitaram da situação vulnerável dessas mulheres na Colômbia para atraí-las.Responsáveis se aproveitaram da situação vulnerável dessas mulheres na Colômbia para atraí-las. - Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Uma organização criminosa que teria enganado cerca de 50 mulheres colombianas para levá-las à Espanha e forçá-las a praticar a prostituição foi desarticulada em uma operação policial e judicial conjunta entre os dois países, informou a Guarda Civil espanhola nesta sexta-feira (12).

Os responsáveis, que se aproveitaram da situação vulnerável dessas mulheres na Colômbia para atraí-las, 'poderiam ter explorado mais de 50 vítimas nos últimos quatro anos", disse a Guarda Civil em um comunicado.

"As vítimas, uma vez enganadas com falsas promessas de futuro, foram transferidas para diferentes províncias espanholas com o único objetivo de praticar a prostituição em apartamentos privados", detalha a nota, que menciona entre 25.000 e 30.000 euros (entre 133.567 e 160.281 reais, na cotação atual) os benefícios que a organização poderia obter para cada um.

As mulheres eram obrigadas a fazer pagamentos mensais à organização, que de outra forma suas famílias, chegando a recorrer a pistoleiros.

A operação, iniciada graças à denúncia de uma vítima que se tornou testemunha protegida, levou à prisão de sete pessoas, quatro delas na Espanha, "que são acusadas dos crimes de tráfico de seres humanos para fins de exploração sexual, lavagem de dinheiro e pertencimento a uma organização criminosa", segundo a Guarda Civil.

Outras três foram presas na Colômbia, entre elas aquele que é considerado o líder da organização, que controlava o processo de recrutamento, transferência e exploração das vítimas, detido em Medellín.

A operação, realizada pela primeira Equipe de Investigação Conjunta entre Espanha e Colômbia em nível judiciário e policial - com a participação da Guarda Civil espanhola, da Polícia Nacional da Colômbia e de ambos os Ministérios Públicos -, permitiu que várias vítimas e familiares fossem levados a um "lugar seguro" fora da ação da organização, acrescenta a nota.

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