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Marrocos

Os estragos causados pelo terremoto no Marrocos

Tremor deixou mais de mil mortos e destruiu patrimônios históricos e culturais do país

Os arredores da mesquita de Moulay brahim, ao Sul de Marrakech Os arredores da mesquita de Moulay brahim, ao Sul de Marrakech  - Foto: Google Image/AFP

O terremoto que deixou mais de dois mil mortos no Marrocos nesta sexta-feira destruiu patrimônios históricos e culturais do país. Mesquitas, torres e edifícios desabaram depois que um forte abalo sísmico de magnitude 6,8 atingiu uma região perto da cidade turística de Marrakech. Até o momento, foram confirmadas mais de duas mil mortes em decorrência do terremoto.

Entre os prédios históricos danificados, destaca-se a mesquita de Cutubia, situada em Marrakech. Construída no século XII. Segundo a rede de televisão Al-Jazeera, o terremoto causou estragos na Cutubia, "mas a extensão não ficou imediatamente clara", informaram as autoridades locais. Essa mesquita tem um miranete de 69 metros de altura e é conhecido como o "telhado de Marrakech".

Uma outra mesquita, situada perto da praça Jemaa el-Fnaa, em Marrakech, ficou parcialmente destruída. Imagens obtidas e checadas pela Sky News mostram que o terremoto deixou o templo religioso com a parte superior danificada e escombros junto ao passeio público.

No vilarejo de Moulay Brahim, em Al Haouz, o minarete de uma mesquita manteve-se de pé, enquanto as casas situadas nos arredores vieram abaixo. No local, equipes de resgate trabalham neste sábado em busca de sobreviventes nos escombros. De acordo com a RFI, o local foi um dos que mais sofreram com o abalo sísmico.

O brasileiro Jalvan Andrade, de 65 anos, passa férias em Marrakech e relatou ao Globo os momentos dramáticos que viveu durante o tremor de terra. Neste sábado, ele enviou à reportagem uma série de imagens que mostram o rastro de destruição na cidade.

Dentre elas, há o registro do prédio onde funciona uma farmácia em Marrakech. O estabelecimento ficou parcialmente destruído, com parte da sacada desmoronada, o letreiro danificado e vidros estilhaçados.

— Tinha acabado de jantar e subi para o quarto. Em negócio de 15 minutos, foi quando deu o terremoto. É uma coisa horrível. O chão ficou como se estivesse subindo, dançando. A porta do quarto soltou. Os móveis do quarto saíram do lugar. É uma coisa muito ruim de passar — disse Jalvan ao Globo.

O terremoto também danificou as muralhas de Agadir Oufla, uma antiga fortaleza erguida em meados do século XVI, localizada na cidade de Agadir, na costa do país africano.

A construção foi erguida para proteger a cidade litorânea de ataques de portugueses pelo sultão Mehmed Sheikh al-Saadi. Não é a primeira vez que a fortaleza é danificada por um terremoto. Em 1960, por conta de um tremor que ainda é o mais fatal da história marroquina, com 12 mil mortos, a edificação ficou em ruínas. Recentemente, Agadir Oufla havia passado por uma restauração.

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