Comer ovos pode prevenir a demência? Saiba
Alimento ajuda na construção muscular, formação do sangue, no sistema imunológico, formação de pele e cabelo
Consumir um ovo por dia pode reduzir o risco de demência, diz um estudo recente publicado no periódico Nutrients. Os pesquisadores recrutaram 233 indivíduos que foram diagnosticados com demência e 233 indivíduos "de controle" que foram confirmados como não tendo demência, todos com mais de 50 anos.
Os primeiros foram recrutados por meio do sistema de gerenciamento de demência de um hospital, enquanto os últimos foram recrutados em clínicas de saúde comunitárias durante exames de saúde para residentes mais velhos.
Os participantes forneceram informações sobre seu histórico médico, estilo de vida e dados demográficos. A ingestão de ovos foi categorizada como mais de duas vezes ao dia, semanalmente, mensalmente e menos de mensalmente.
O ovo é considerado uma proteína de padrão ouro, porque ela é completa, assim como a carne e o leite. Ela ajuda na construção muscular, formação do sangue, no sistema imunológico, formação de pele e cabelo. O alimento também é é rico em vitaminas A, D e E.
O papel da dieta na redução do risco de demência tem sido estudado, com pesquisas sugerindo que comer frutos do mar e seguir uma dieta mediterrânea (incluindo ovos) pode proteger contra a doença.
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A demência é um problema significativo de saúde pública, afetando mais de 55 milhões de pessoas ao redor do mundo. Espera-se que esse número aumente para 152 milhões de casos até 2050, já que cerca de 10 milhões de pessoas desenvolvem a condição a cada ano. A prevenção é crítica, pois a demência não tem cura.
No entanto, em excesso, eles impossibilitam a função dos rins de eliminar todas as substâncias tóxicas da metabolização da proteína, podendo causar pedra nos rins e falência renal. Além de aumentar os níveis de colesterol. Eles também foram implicados em um risco maior de doenças cardíacas, diabetes e mortalidade nos Estados Unidos, mas não em populações asiáticas ou europeias.
Como resultado da pesquisa, em relação à frequência de ingestão de ovos, menos de 3% dos participantes comiam ovos duas vezes ao dia, enquanto 35% os comiam diariamente, 36,7% semanalmente, 12% mensalmente e 13,5% os consumiam menos de uma vez ao mês ou evitavam o consumo de ovos completamente.
Em média, as pessoas que consumiam ovos duas vezes ao dia eram mais velhas, e aquelas que os consumiam mensalmente representavam o grupo mais jovem.
Pesquisadores descobriram que renda e escolaridade mais altas estavam ligadas a um maior consumo de ovos.
O estudo mostrou que o consumo semanal e mensal de ovos estava associado a um risco maior de demência do que o consumo diário. No entanto, não houve diferença significativa no risco de demência entre indivíduos que consumiam ovos duas vezes ao dia e aqueles que não comiam ovos. Esse padrão permaneceu após os pesquisadores ajustarem para comportamentos de saúde, renda, educação, gênero e idade.
O motivo, segundo os pesquisadores, é que eles são ricos também em ácidos graxos ômega-3, colina, antioxidantes e proteínas. O estudo se soma a um crescente conjunto de evidências sobre as ligações entre o consumo de ovos e a função cognitiva em diferentes populações.
Os estudiosos, entretanto, afirmam que são necessárias mais pesquisas para fortalecer a compreensão dessa relação.